Dentre as quatros paredes prestes a desabar de um casamento já em ruínas, Simone escuta atenta a confissão do marido sobre a quebra de uma única promessa feita entre os dois.
Diferente da imagem pacífica que a sociedade tem sobre ela, o sangue da m...
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Deixo as roupas de Simone dobradas na ponta da cama logo após ter a coragem de libertá-la de meus braços na cama. Assim que o som do chuveiro ecoa baixinho pelo quarto, vou diretamente para a cozinha e nunca agradeci tanto a bendita hora que Clarice me convenceu a ter uma máquina de fazer sucos.
Preparo o par de omeletes com calma, recheados de queijo e tomate e espero de verdade que ela coma comigo. Realmente não sabia se Simone tomava chá pela manhã, mas mesmo assim deixo a chaleira no fogão já aquecendo.
Eu acabava de colocar os talheres na mesa quando Simone aparece na cozinha, bolsa em uma das mãos e o sapato na outra, deixando a bolsa no sofá e o par de sapatos no tapete logo ao lado.
Eu não resisto ao feito de me aproximar, seus olhos encarando os meus profundamente e beijo com carinho sua boca.
-Não sabia o que você gostava, -lhe digo ainda contra sua boca. -Espero que goste de omeletes. Mas há mais coisas se você quiser.
-Hm, -Ela murmura observando atrás de mim, -Vejo um suco. Omelete e suco fresco me parece ótimo.
Sentados lado a lado na ilha, fizemos nosso desjejum com calma entre olhares sorrateiros e sorrisos bobos. Amo quando vejo Simone gemendo ao comer tanto quanto amei seus sons ao longo das horas passadas.
Minha vontade era de não deixá-la ir, inventar uma desculpa e mantê-la em meus braços por mais tempo.
Naquele instante me apeguei a esperança de vê-la novamente.
-Senhora Senadora... -Digo serelepe ao seu lado ao abrir a porta do carro na garagem.
-Quanta gentileza, senhor deputado. -Ela me responde com um sorriso cheio e não deixamos de sorrir um para o outro.
Simone me passa o endereço de seu apartamento e dirijo o mais devagar que posso naquela manhã de domingo para levá-la para casa.
Nunca fui tão agradecido também a mim mesmo quando decidi por um carro automático, este me dando a liberdade de ter minha mão na sua por todo o caminho.
Vez ou outra encontrei seus olhos em nosso toque, ou diretamente em qualquer um de meus movimentos para dirigir.
-É ali. -Ela me diz apontando o prédio na qual estaciono em frente segundos depois.
-Sã e salva! -Lhe digo com um sorriso e não consigo soltar sua mão, meu polegar acariciando o dorso da sua.
Simone respira fundo, parece nervosa e encara ao redor, exalando como se buscasse calma e rapidamente seus olhos nos meus.
-Obrigada pelo jantar, pela noite... por tudo. -me fala baixinho. -Foi maravilhoso.
-Pra você, sempre disponível, minha linda Simone.
O rubor em suas bochechas é lindo, tanto quanto o sorriso que aparece logo em seguida.