XXIII -Divinal Querer

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Alessandro está sentado a cama, completamente vestido para que possamos sair enquanto eu termino de usar o secador em meus cabelos, deixando-os em seu formato natural depois que ele me pede por isso

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Alessandro está sentado a cama, completamente vestido para que possamos sair enquanto eu termino de usar o secador em meus cabelos, deixando-os em seu formato natural depois que ele me pede por isso.

Naquela tarde, depois de me apresentar ao porão e ao lugar onde prepara suas pranchas, nós caminhamos vendo o entardecer na beira da praia estranhamente deserta, apenas alguns surfistas ao longe na água e algumas pessoas sentadas na beira mar. Acho fofo quando assim que saímos, ele tira seu boné da cabeça e o coloca em mim, abaixando-se em minha frente assim que nossos pés encontram a areia, ele tirando meus chinelos e os seus, segurando-os com uma das mãos enquanto a outra segura firme minha palma.

Não posso negar que o momento de caminhar na areia com ele e nossos dedos enlaçando me desperta todas as emoções que já sei sentir, e fica ainda mais complicado segurar na garganta as palavras que tanto latejam em minha cabeça.

Em nossa caminhada, ele me conta sobre como comprou Bento, logo depois do divórcio e em como se apaixonou pelo lugar, tornando-se um pedaço dele que não saberia mais viver sem.

É bonito o brilho de seus olhos quando fala sobre isso, mas é muito mais quando começa a falar de Antônia.

Ele conta que os primeiros passos da afilhada foram com ele, passeando ao redor do chalé. Me conta como ela o adora e em como ele é apaixonado por ela desde a primeira vez que a viu. É fofo ver ele falando da garotinha, o sorriso que não sai de seu rosto e se torna um pouco complicado não criar questionamentos sobre o motivo dele não ter tido filhos com Clarisse em um casamento que aos meus olhos parece ter sido bonito... mesmo acabando.

Ele não toca nesse assunto, e eu não puxo aquele fio solto.

Quando retornamos, já está escuro e Alessandro me senta na ilha do quiosque, lavando meus pés com água doce e tirando os resquícios de areia e sal antes de secar eles com carinho.

Nós ficamos de chamego no sofá da sala por um tempo, em silêncio aproveitando a companhia um do outro e é gostoso e confortável.

—Dani me mandou uma mensagem, —Ele diz parando na porta do banheiro quando desligo o secador.

Ele está bonito, veste uma calça jeans de lavagem clara a camiseta branca com uma estampa orgânica de plantas em um tom de verde e acho engraçado como a gente parece combinar mesmo sem pretensão, eu com meu vestido longo verde.

—Nossa, você está linda. —Ele diz parando no marco da porta do banheiro, seus olhos passeando por mim.

—Você não acha que está... Não sei, demais?

—Demais? Está... —Ele diz e acena em concordância, guardando o celular no bolso da calça jeans e colocando as mãos nos bolsos traseiros. —Linda demais.

—Sério, Alessandro... Não está... Demais?

—Não, minha panterinha, você está linda.

Eu me encaro no espelho novamente, me sinto bonita, jovem e estranhamente amada, um calor em meu peito que não estou acostumada a sentir.

Em Nome do Argumento - Simone e Alessandro - SimolonOnde histórias criam vida. Descubra agora