🖤Prólogo🖤

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Sons de tambores...era apenas isso que eu ouvia andando por uma floresta escura.
Aqueles sons me atraíam de uma forma que nem eu mesma sei como explicar.
Passando por árvores grandes avisto uma espécie de aldeia.
A fogueira acesa liberando chamas ardentes que subia algumas cinzas para o céu iluminado pelas estrelas.

Olho em volta e vejo algumas pessoas sentadas em volta daquela grande fogueira, eles balbuciavam palavras em outras línguas que eu não conseguia discernir.
Todos alí ignoravam completamente minha presença, mas por algum motivo continuei escondida atrás daquelas grandes árvores que balançavam devido ao vento cortante.

De repente uma velha senhora com vestimentas estranhas e com o rosto pintado com cores peculiares se levanta erguendo uma espécie de bicho morto, parecia um guaxinim.
A cena era deplorável, ela corta o rabo do animal e o joga no fogo.
De repente escuto barulhos de chicotes e gritos vindo do outro lado da floresta.
A velha senhora então gritou uma palavra estranha que fez o povo começar a correr junto dela.
O chão tremia pelos cascos fortes e pesados dos cavalos daqueles homens que estavam chegando furiosos.

Os homens com suas espadas e escudos adentraram a aldeia perseguindo mulheres e crianças decaptando suas cabeças.
Era uma cena de completo horror, coloquei minha mão em minha boca para prender o grito de desespero que saía de mim.
De repente as cabanas começam a ser engolidas pelo fogo ardente, os gritos de desespero daquelas pessoas eram tristes.

Um homem alto de cabelos loiros com uma espada grande de ferro chegou montado em seu cavalo.
Os guardas seguravam o braço daquela senhora Fortemente.

O homem ergueu um grande pergaminho para cima e o começou a ler em voz alta...

-Você jura em nome de vossa majestade o rei Luiz III que irá largar essa prática errônea de adorar deuses indígenas e que irá somente adorar o Deus da igreja católica?-Falou ele.
A mulher então riu e em seguida cuspiu no chão e proferiu palavras que eram difíceis de entender.
-Já ouvi o bastante!-Falou ele acenando com a cabeça para o outro soldado que empunhou sua espada afiada e andou até aquela velha senhora.

Olhando nos olhos daquele homem eu vi a coragem daquela senhora, mas ao mesmo tempo a certeza de que quando ela fosse, ela estaria em um lugar melhor.
De repente os olhos daquela mulher foram direcionados para mim.
Percebi uma lágrima cair de seu rosto...
-Elok Amoteu!-Exclamou ela tendo sua cabeça cortada.

O corpo daquela senhora caiu sobre o solo ao lado de sua cabeça.
Senti as lágrimas escorrerem de meu rosto enquanto me perguntava o por que de eles serem tão cruéis assim.
Os homens saíram às pressas com seus cavalos carregando a cabeça decepada da mulher junto deles.

CONTINUA...

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