Rei

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Senti a brisa fria bater contra meu rosto,
enquanto caminhava em passos apressados pela rua escura. Estava em um bairro distante do centro de São Paulo, a caminho de uma das casas utilizadas por Soraya, e suas cúmplices. Havia deixado meu carro em uma esquina qualquer, evitando qualquer
ligação com o local escolhido pela alemã. A madrugada deixava aquele setor totalmente vazio, sem qualquer tipo de movimento de moradores ou visitantes. Segui pela calçada, até alcançar a casa indicada pela loira há horas atrás. Olhei para ambos os lados, e me contive a caminhar pela área mais escura, até
adentrar a lateral da casa. Me aproximei da porta estreita, e antes que eu pudesse bater, a porta foi aberta.

- Estava ansiosa para te ver.

Soraya  murmurou com um sorriso cúmplice assim que me encarou.

- Eu prometi que viria.

Envolvi sua cintura com os braços, recebendo um sorriso seguido por um beijo rápido. Soraya sorriu novamente, e se afastou, caminhando pelo interior da casa simples e aconchegante. Estávamos na cozinha, mas ela me guiou até a sala de estar. O interior daquele lugar contava com toda mobília de uma casa qualquer, como se fosse realmente
utilizada por alguém no dia a dia.

- Aonde estão as outras?

- Devem estar chegando, eu pedi para vir
mais cedo, queria ficar um pouco com você.

Murmurou ao se sentar no sofá.

- Está com más intenções, Soraya?

Arqueei uma das sobrancelhas, ao me sentar ao seu lado.

- Eu? Jamais, você mais do que ninguém sabe que minhas intenções são as mais inocentes possíveis.

Seu tom de voz revelava seu cinismo tão
caracteristico. Se não houvesse cinismo,
não era Soraya Bolsonaro, certo? Meneei com a cabeça em um sinal negativo, tentando evitar o sorriso que preenchia meus lábios. Me inclinei em sua direção, enquanto levava uma das mãos até seu cabelo, afastando para o lado, deixando assim seu pescoço totalmente livre para meus lábios.

- Tem certeza disso, sra. Thronicke?

Soraya arfou assim que meus lábios e minha língua entraram em contato com sua pele.

Vi ela fechar os olhos em puro instinto,
fazendo-me sorrir contra seu pescoço. Me aproximei mais, agora levando uma das minhas mãos para sua coxa, por cima do tecido de sua calça escura; apertei ao mesmo tempo em que beijava sua pele lentamente, e subi com a mão rumo ao seu sexo.

- Te-tenho.

Gaguejou.

- Nervosa, rainha?

Sussurrei em seu ouvido com um tom debochado.

- Jamais.

Ela tentou se recompor, afastando-se de
minhas garras; no entanto, me adiantei a
segura-la com firmeza, deitando-a sobre
aquele sofá. Me inclinei para frente, me
debruçando sobre seu corpo, que se encaixou bem ao dela.

- Pois eu acho que está.

Falei ao começar a beijar seu pescoço devagar.

- Acho que te ensinei coisas demais. Inferno.

Resmungou fingindo indignação.

- Me ensinou?

Voltei a encara-la, agora retirando a pistola dourada presa no coldre utilizado pela mesma.

Soraya deu de ombros, e sorriu cínica. Eu

Um sorriso satisfeito e um tanto malicioso nasceu no canto de seus lábios. Confesso que vê-la falando de tal maneira, me fazia sentir tão forte e poderosa. Ela tinha esse poder, sabia o que fazer ou dizer no momento preciso. Soraya era dona de uma malícia apaixonante. E eu tinha que admitir, era um dos grandes atributos para me deixar tão perdidamente louca por ela.

Xeque Mate- Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora