Ciúmes

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Soraya

A raiva da mulher por ter perdidoo controle
só me fazia querer mais. Simone estava agora dentro de seu carro, resmungando algo que eu daria tudo para saber. Assim que seus olhos castanhos vieram de encontro a mim, eu sorri e lancei um beijo que provavelmente a fez me xingar. Não demorou nada para que a agente saisse com seu carro dali.

- Ai agente Tebet, você não faz idéia de
onde está se metendo.

falei ao ver seu carro sumir pelos portões da mansão.

Eu sabia que entrar nesse jogo com Simone
era mais perigoso do que eu poderia
imaginar. Mas agora não havia a menor
possibilidade de voltar atrás, eu já tinha
acendido a faísca de uma futura explosão.
Durante todos esses anos, ninguém havia
conseguido me provocar tantas sensações
como aquela mulher. Em uma única noite,
Simone havia me dado o melhor sexo de
toda minha vida. Você consegue entender?
Sentir os toques, os lábios, o gosto do
prazer provocado por aquela mulher era
simplesmente inigualável. Modéstia parte
eu era uma mulher muito requisitada por
homens e mulheres que dariam tudo por
mim, mas ninguém me teve como ela. Nem
mesmo Bolsonaro.

- Dona Soraya, eu...

Eliza se calou ao notar o estado da bancada da bebidas.

Eu segurei um sorriso que teimava em querer sair pela expressão assustada da empregada.

- Sim, Eliza?

- Quer que eu arrume isso?

apontou para a bancada.

- Ah! Claro, acabei deixando cair.

A mulher me lançou um olhar curioso, e logo caminhou cuidadosamente até a bancada.

- Pegue um Martini para mim, Eliza.

Eu sentei na cadeira de Bolsonaro,
enquanto observava Eliza servir a pequena
taça com uma boa dose de Martini.

-O que achou de Simone?

Perguntei quando mesma me entregou a taça.

A mulher engoliu em seco, não entendo
minha pergunta.

- Como assim?

- Acha que ela vai fazer o serviço dela direito?

A mulher estava ajoelhada no chão,
recolhendo os objetos que eu havia deixado
cair a minutos atrás.

- Ela parece ser uma pessoa responsável,
Dona Soraya. Apesar de que...

Eliza deixou que as palavras se perdessem.

- Apesar de que?

Seu rosto tinha uma expressão preocupada,
quase confusa. A empregada ajeitou os
objetos sobre a bancada delicadamente para
que nada fosse quebrado.

- Tome cuidado. Eu não me meto nos assuntos de meus patrões, mas..

- Não se preocupe com isso! Você vai ficar
caladinha, e tudo vai ficar bem.

disse ao tomar o álcool em minha taça.

- Eu nunca diria nada.

Eu levantei da poltrona macia, caminhando
pelo carpete felpudo que havia naquela sala me aproximei da mulher que mantinha os
olhos atentos em minhas expressões.

- Até porque você não viu nada, certo?

perguntei olhando nos olhos da mulher.

- Sim, senhora.

Abri um sorriso para a mesma, e depositei
um beijo em sua testa.

- Por isso você é a minha funcionaria favorita, Liza.

Xeque Mate- Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora