Mesa de sinuca

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Simone

O copo deslizou de minha mão, mas em
m reflexo rápido segurei. Meu coração
explodiu em batimentos frenéticos com o
susto recebido. Eu fechei os olhos, ouvindo o
barulho suave dos sapatos de Soraya no chão de madeira. Eu não respondi, e nem sequer a olhei. A loira parecia mexer em algo, julguei ser a geladeira. Logo, o barulho de seus sapatos ficaram mais nítidos, indicando sua proximidade. Eu respirei fundo, quando ela gentilmente estendeu uma taça de champanhe para mim. Pela primeira vez naquele momento, eu coloquei meus olhos.sobre ela.

Droga.

Soraya Thronicke sorriu de canto, aquele
sorrisinho cínico, sabe? Seus lábios estavam
pintados em um vermelho forte, o mesmo
que ela usou na galeria há horas atrás. Com
a penumbra da noite, eu poderia ver o fraco
reflexo da luz em seus olhos castanhos, que
me olhavam famintos. Em uma fraqueza,
permiti que meus olhos focassem no corpo
da loira. Que vestia um robe preto, de
tecido quase transparente. O que me dava
uma visão quase perfeita da lingerie preta de renda que ela usava.

- Pegue, esse não está com nada dentro. Juro.

A mulher sorriu como quem estivesse se
divertindo com minha expressão. Capturei
a taça de sua mão, deixando o copo de água
sobre o balcão. A alemã rapidamente tratou
de se sentar sobre a bancada da cozinha. Bem a minha frente. Soraya cruzou as pernas, fazendo com que seu robe se abrisse, em um falso acidente. Ela segurava a garrafa do champanhe francês na mão.

- Como posso ter certeza?

Ela não tirou os olhos de mim, me encarava
sem se intimidar. Soraya soltou um riso
nasal e, delicadamente pegou o morango
que estava colocado na borda da taça que
eu segurava. Com os olhos fixos nos meus,
ela mergulhou a pequena fruta dentro
do recipiente, para em seguida levar até
seus lábios. A cena pareceu acontecer em
câmera lenta. Soraya ergueu um pouco a
cabeça, enquanto lentamnente mordeu o
morango banhado em champagne Frances.

A fruta suculenta liberou algumas gotas de
álcool que molharam os lábios vermelhos
e atrativos daquela mulher. Ela mastigou
devagar, saboreando cada segundo, enquanto levou o restante da fruta até meus lábios.

- Coma.

ordenou.

Entreabri a boca recebendo o restante
do morango, sentindo a mistura do morango com o champanhe em minha língua. Ela sorriu vitoriosa.

- Eu não tenho o menor interesse que você
durma essa noite, agente Tebet.

disse ao levar primeiro o dedo indicador.
seguida o polegar aos lábios. Um de cada vez, para chupar o resquício da mistura deliciosa que ela havia feito. Céus, tudo naquela mulher tinha uma conotação sexual. Soraya  transpirava sensualidade, e eu amava aquilo nela.

- Não me provoque, Sra. Bolsonaro.

-O que aconteceria se eu provocasse, agente
Tebet?

Perguntou provocadora, em um tom de voz
que transmitia puro sarcasmo. A loira
segurou a garrafa de champagne que há
poucos minutos tinha repousado sobre o
balcão, e levou até os lábios. Arqueando
parcialmente a cabeça para trás, para que
pudesse tomar do gargalo. Soraya deixou
que algumas gotas de champagne caíssem.
Deslizando por seu pescoço, busto, caindo
entre o vale de seus seios apertados no sutiã
de renda.

- Oh, Deus.

ela soltou quase em um gemido.

Ela abriu mais o robe, me dando a visão de
que o álcool desceu mais do que deveria,
chegando a molhar um pouco de sua
calcinha. Ela sabia que eu estava vendo tudo, e se aproveitava daquilo.

Xeque Mate- Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora