O champanhe

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Simone

O liquido tocou a ponta de minha língua,
no qual fiz questão de apreciar lentamente.
O whisky escocês estava liberado para
mim aquela manhã. Afinal, só bebendo
para suportar a chatice de ter que vigiar
Soraya em meio ao seu trabalho. A alemã
fiscalizava cada mínimo detalhe do processo
de arrumação das obras que seriam expostas em sua galeria essa noite. Juntamente de sua melhor amiga, Damares Alves. As duas circulavam pelo salão extenso, agora devidamente repleto de caixas de madeira, onde continha os quadros de um artista contemporâneo de grande importância. Uma boa equipe de funcionários acomodava as obras nos pontos onde ambas as mulheres ordenavam.

De acordo com as mesmas, tudo precisava ficar do gosto do publico, até mesmo a iluminação teria que favorecer as
obras.

"Um pouco mais para esquerda! Vamos
colocar o outro quadro em direção aquela
coluna."

Soraya ordenou a dois homens que, agora
estavam pendurados em escadas de alumínio bem a sua frente. Uma das características da alemã, perfeccionista. Ela ordenava tudo com firmeza, sendo obedecida em questão de segundos.

Me encostei no balcão, local onde seria montada uma espécie de bar. Alguns
funcionários também já arrumavam tudo,
enquanto eu apreciava um pouco da bebida.
De longe recebi um olhar rápido, e um breve sorriso da loira. Virei o copo do whisky até o final, tirando minha atenção da alemã, que prontamente voltou a fiscalizar. Assim que ela tirou os olhos de mim, voltei a prestar atenção na mesma. Hoje Soraya Thronicke estava toda de branco, vestia uma saia longa, com uma enorme fenda na coxa direita. Dando uma bela e sexy visão de sua coxa. Em seus pés um salto de cor nude. Na parte de cima, ela usava um cropped de gola alta, sem mangas. Seus cabelos permaneciam lisos. Eu adorava a maneira como ela mexia nos mesmos, jogava de um lado para o outro, sem se preocupar se ficariam desgrenhados, até porque mesmo assim, ainda dariam um ar sexy. A alemã conseguia transformar seus traços, jeitos, e tudo em si em algo sexy. Ela era sedução e poder.

- Acho que você precisa de mais um copo de
whisky.

Tirei os olhos de Soraya, e olhei o jovem
rapaz que estava do outro lado do balcão.
segurando a garrafa do whisky nas mãos.
Eu engoli em seco, sobre o olhar curioso
do mesmo que, com toda certeza, havia
percebido a forma como eu olhava Soraya.

- Realmente preciso.

- Eu sei. Mas olha, é impossível.

disse ele, ao me servir de uma dose da bebida.

Um sorriso se instalou em meus lábios. Ele
parecia ser apenas um pobre garoto, cheio de hormônios que admirava sua chefe, da forma mais sexual possível. O garoto olhou Soraya, e suspirou. Para ele, eu até diria que poderia ser impossível. Já para mim...

- Acho que você tem que beber também.

brinquei.

- Não, Deus me livre! Se ela me pegar
bebendo estou no olho da rua.

Soltei uma sonora risada, e olhei Soraya que
nos encarou. O garoto logo voltou a arrumar
as prateleiras de bebida. E eu apenas ergui o
copo de bebida a loira, que negou com a
cabeça, logo tendo sua atenção atraída por
Damares, que mostrava algumas papeladas.
Meu celular que estava sobre a bancada,
se moveu assim que começou a tocar.

Capturei o objeto, e na tela pude ver o nome
de Mailza.

- Bom dia, agente Gomes.

- Bom dia, agente Tebet.

sua voz doce soou do outro lado da linha.

- Aconteceu alguma coisa?

- Sim senhora. Eu acabei de receber um alerta do sistema do FBI. O programa da Bolsonaro  Enterprise foi invadido.

Xeque Mate- Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora