Diversão parte 2

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- Eu sei, nunca duvidei disso.

- Nunca?

sussurrei em seu ouvido, sentindo o corpo da loira estremecer por inteiro.

Eu agarrei em sua cintura com mais
força, e de forma provocante ela rebolou,
me incitando a agarrá-la. Em seguida, ela se
afastou, virando de frente para mim. Seus
braços repousaram ao redor de meu pescoço, e no mesmo instante agarrei seu sua cintura, puxando para mais próximo. Ela suspirou em surpresa, e através da mascara longa de cílios ela me olhou, enquanto seus lábios me davam um de seus melhores sorrisos.

- Nunca.

Nós nos encaramos por um tempo que não pude contabilizar, apenas ficamos ali, agora paradas com os olhos fixos uma na outra. Seus olhos castanhos embriagados tinham um brilho diferente, intenso. Era notável sua respiração descompassada, deixando sua boca entreaberta; com a ponta da língua, Soraya umedeceu o seu lábio inferior lentamente, obrigando meus olhos
analisarem cada segundo. Por instinto acabei fazendo o mesmo, e ela também observou tudo.

- Quer ir embora daqui?

sussurrei para ela.

- Quero, muito.

Nós recolhemos nossas coisas que estavam
guardadas com o barman, e saímos do
alvoroço daquele lugar, ganhando a noite fria e o céu estrelado de Saint Moritz. Soraya ria por ter esbarrado acidentalmente em uma garota na saída, e eu apenas tentava tirar ela o mais rápido antes que a moça viesse tirar

- Ela está vindo atrás de nós?

perguntou em meio a uma risada.

- Não, ela só está olhando. Então caminhe
mais rápido.

eu segurei na mão da loira, e apressei seus passos.

Soraya estava bem mais risonha, e isso se
dava pela enorme quantidade álcool presente em seu corpo. Eu segurei em sua mão, e ela entrelaçou nossos dedos, caminhando ao meu lado. Fizemos o caminho mais longo, pois a loira insistiu que queria passar pelo pequeno park no centro da cidade. Nós conversávamos tranquilamente enquanto andávamos pela calçada, bem ao lado da pista de patinação, onde havia uma relativa quantidade de pessoas se divertindo.

- Eu quero patinar.

murmurou pensativa, parando no meio do caminho.

Eu parei logo em seguida, e a olhei como
cenho franzido tentando enxergar o tom de
brincadeira em sua expressão, mas só aí me
dei conta que sua vontade era totalmente
real.

- Soraya, você está bêbada.

eu disse com um sorriso.

- Não estou não.

retrucou rapidamente em pura teimosia.

- Sim, você está. Vamos, vem comigo.

Me aproximei dela, tentando capturar
sua mão, mas ela a afastou rapidamente,
cruzando os braços abaixo dos seios.

- Simone, eu quero patinar.

- Eu não vou patinar agora, eu me sinto um
pouco tonta. E você está bem pior do que eu,
por isso anda, vamos para o hotel.

estendi a mão para ela.

Soraya rolou os olhos impaciente, bufando
em indignação. Eu senti vontade de rir de sua teimosa, mas me controlei para não a deixar ainda mais irritada; eu sabia que aquilo era efeito do álcool, e até mesmo de sua personalidade forte.

- Você não vai vir comigo?

Falei despreocupada.

- Não, eu quero patinar.

Xeque Mate- Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora