O jogo começou parte 2

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Soraya

Eu respirei fundo, inalando o aroma
delicioso dos sais de banho suíço, que
estavam misturados com a água de
minha hidromassagem. A espuma cobria
toda superfície, que me deixava quase
toda submersa. Estava apenas com a
cabeça encostada na borda da banheira,
deixando que todo o restante de meu corpo
relaxasse com a temperatura da água.
Todo aquele ambiente me fazia recordar os
acontecimentos de horas atrás.

Flashback on.

Mantive meus olhos fechados, apenas
sentindo o deslizar das mãos macias de
Simone sobre o meu corpo molhado. A
água morna do chuveiro caía sobre nós,
se perdendo suavemente entre os espaços
mínimos que existia entre meu corpo e o
dela. A mulher beijava delicadamente a pele
de meu ombro direito, me proporcionando
a sensação deliciosa de ter seus lábios em
minha pele; por outro lado, suas mãos
apertavam meus seios, massageando de
forma habilidosa, me fazendo suspirar. O
corpo nu de Simone estava colado ao meu por trás, me provocando aquele calor inevitável pelo contato de nossas peles.

-Gosto de cada detalhe do seu corpo.

sussurrou ela, descendo com uma das mãos
meu abdômen.

- Gosto como me toca, Como me beija...de
Como me faz sua, Simone.

Eu me sentia inebriada. Simone Tebet
tinha aquele maldito poder sobre mim. De
alguma maneira, ela conseguia me prender
a si, com sua personalidade forte e decidida,
que ao mesmo tempo poderia ser tão
submissa as minhas vontades. Ela resgatava
algo profundo, quase oculto em meu interior. E mesmo que eu tentasse a todo custo evitar a maneira como me envolvia, eu só conseguia me afundar mais naquela situação; como em uma areia movediça, quanto mais se move para sair, mais afundada fica.

Inclinei minha cabeça para frente,
encostando na parede de mármore frio.
Simone afastou meu cabelo para cima de
um dos meus ombros, e beijou minha nuca
delicadamente, subindo até o lóbulo de
minha orelha, que recebeu sua língua ávida
e sua respiração descompassada. Meus
dedos escorregaram pela parede na qual me
apoiava, quando um gemido baixo deixou
minha boca. A mulher desceu com a mão de
meu abdômen até meu sexo úmido.

- Oh, Simone...

- Sente como você é minha, Soraya.

sussurrou com aquela voz rouca e arrastada
em meu ouvido.

Flashback off.

Era possível eu me sentir quente agora?
Somente com as lembranças dos toques, dos
beijos, das palavras de Simone? Com certeza
sim. As imagens da mulher preenchiam
meus pensamentos de forma tão perfeita
e detalhada, que eu poderia até mesmo
sentir suas mãos em mim; sua boca em meu
corpo; sua língua em minha pele. Meu corpo
respondia em sinais de excitação, a apenas
as lembranças de como aquela mulher
me fazia completamente sua. Simone de
forma extraordinária conseguia me ter por
completo, como se ela soubesse exatamente o que precisava fazer para me tirar de orbita. Ela não precisava me fazer chegar até o orgasmo para me deixar perdida, nossas preliminares já atendiam perfeitamente esse objetivo. Ela tinha um poder, uma energia sobre mim que eu jamais seria capaz de explicar.

- Não, não pense nisso Soraya.

sussurrei para mim mesma ao abrir os olhos.

- Nela não.

Eu terminei meu banho por completo, sai
do chuveiro que despejava água morna,
capturando o roupão branco que estava
pendurado ao lado do box. Vesti a peça
branca e grossa, enquanto caminhava até a
bancada existente no banheiro. Me olhei no
espelho por alguns instantes que foram o
suficientes para notar uma pequena marca
em meu pescoço.

Xeque Mate- Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora