Karoline da Silva reencontra o seu primeiro amor, Antony dos Santos.
Ele a magoou, e ela não o perdoa por isso. Mas tudo muda quando eles precisam conviver por dois meses no Qatar.
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Hoje é a estreia dos meninos na copa, eu estava nervosa, com medo. Espero que esse ano o hexa venha. Seria a melhor coisa da minha vida ver o meu irmão levantando uma taça da copa do mundo.
Dia de jogo os meninos saia mais cedo, então estou sozinha no quarto, isso me dá mais liberdade pra me arrumar.
Visto uma camisa amarela, tradicional com o número "10" e o nome do meu irmão nas costas, todo apoio seria importante. Coloco uma calça branca e um tênis branco.
Odeio tênis, mas é o mais adequado pra uma pessoa dentro de um estádio de futebol que não consegue parar quieta um menino.
Eu como uma boa patriota que sou, fiz um delineado azul, pra representar. Patriota apenas na copa, de resto não, se é que me entende.
Pego uma bolsa também azul e saio do quarto onde a Bruna, Duda e as crianças estavam me esperando
— Oi titia — o Davi me abraça — Você está linda!
— Obrigado príncipe!
— Que linda, toda bolsonarista — a duda fala e nós rimos
— Jamais! Me chama de vagabunda, puta, ordinária, vadia, de tudo que quiser, mas bolsonarista jamais! — dou risada
— Como pode, né? O irmão ser bolsonarista e a irmã odiar todos eles — a bruna fala colocando a mão na cabeça
— Me surpreendo com você namorando com ele — começo a rir e vamos em direção da van que estava nos esperando
O trânsito na cidade estava um caos, então chegamos dentro do estádio, quando os meninos estavam fazendo a fila pro hino nacional.
— Juro por Deus, se aquele árabe não andasse com a porra daquele carro eu iria mandar ele tomar no cu — A isabella disse sentando ao nosso lado
— Se bem que ele não ia entender nada — a duda fala rindo
A primeira coisa que avisto no campo é o Antony se posicionando, estava lindo, todo marrentinho.
"eu vou te pedir em casamento dentro do campo quando eu estiver jogando uma copa do mundo"
Me lembro das promessas que ele me fazia quando jogasse uma copa do mundo... Ele sempre soube que um dia estaria aqui, sonhou com isso desde quando eu o conheci.
Que orgulho em dizer que eu agora estou o vendo aqui, realizar o maior sonho de sua vida. Não da forma que queríamos, mas da forma que tinha que ser!
— E aí mulher, esqueci de falar — a Isa disse me chamando a atenção — Não foi na nossa resenha por quê em? — ela coloca uma pipoca na boca
— Nem ela e nem o Antony — a bruna fala dando uma risada
— Ficamos no quarto vendo as estrelas e tomando uma cerveja — sorrio sem graça
— Own, igual vocês ficavam na adolescência — a bruna coloca a mão no peito — Eu vi vocês crescerem, meu Deus! — ela da risada
— Ficamos relembrando exatamente dessa época, foi legal. Apenas conversamos e dormimos.
— Conversaram fazendo tchaka tchaka na buchaca — a duda faz um gesto com as mãos fazendo todas nós rirem
— Seu filho tá aqui, querida — tampo os olhos do Benício rindo
O jogo foi um pouco pegado, e a cada ataque o meu coração saia pela boca. Ficou 2x0, dois gols do Richarlison, que brilhou na partida de hoje! Será o 9 do hexa, meu Deus?
— Gente, quase meu filho sai pra fora — a natália mulher do Raphinha se aproxima de nós — Que nervoso!
— Nem fala, Nat. — Coloco a mão no coração — Como esse bebezinho lindo vai?
— Vai bem, nem apontou uma barriguinha ainda — ela faz biquinho
A Natália estava grávida, mas era escondido da mídia, só divulgaria após o fim da copa.
🪐
Estávamos todos em um salão dentro do hotel, comemorando a primeira vitória do time. A primeira de muitas que virão até o último dia do campeonato, se tudo der certo.
Como eu estava empolgada, exagerei no álcool, o que é minha especialidade.
— Não é porque eu tô bebada, mas você é o melhor jogador do mundo, maninho. — abraço o ney
— Eu sei que sou gatinha — ele ri
— Já tá mais pra lá do que pra cá em senhorinha — o richarlison para na minha frente rindo — Quando você vai namorar pra completar o grupo das casadas? — ele ri
— Se ela quisesse me dar uma chance, quem sabe — o Rodrygo chega perto de nós — Mas infelizmente ela é comprometida
— Comprometida com quem, senhora? Não me contou nada? — ele coloca a mão no peito — essa doeu.
— Ué, o Antony me disse aquele dia da balada que ela estava namorando. — ele diz e o richarlison me olha com uma cara de "já entendi tudo"
— Então né... — ele ri — Sabia que o Antony é ex namorado da Karolzinha? Péssima pessoa pra se fazer uma pergunta dessa
— Sério? Puts — ele coloca a mão na cabeça
Nós dois rimos e ficamos dançando um funk qualquer que tocava.
Vou até onde estava as bebidas e começo a preparar mais um copo.
— Já chega, gatinha. — o antony toma a garrafa da minha mão
— Não seja estraga prazeres, antonyzinho — faço biquinho pra ele
— Você nunca muda, né? — ele ri — É sério, acabou a sua cota de hoje, loirinha. — ele beija a minha bochecha — Vamos subir pro quarto?
— Pode ir que já vou indo. — tento pegar a garrafa dele, mas ele esconde — Ah, fiquei sabendo que você disse por aí que eu estava namorando — dou risada
— Pelo visto as fofocas rolam soltas aqui. — ele coça a cabeça
— Sim, gatinho! — ele solta um sorriso genuíno ao ver que eu o chamei pelo mesmo o apelido que o chamava
— Vamos dormir?
— Dormir de conchinha? Ah, eu topo — pego na mal dele saindo do salão
— Calma lá, Karoline. — Ele fala sério — Por mais que eu queira, não. Você está bebada, só vai banhar e dormir, ok?
Balanço a cabeça e vou pro o quarto, tomo um banho gelado pra aliviar o álcool, e coloco um pijama. O antony já estava deitado na cama.
— Boa noite gatinho! — dou um beijo na bochecha dele.
