35 - separação?

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Depois do nosso desentendimento de ontem pela madrugada, não vi mais o Antony

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Depois do nosso desentendimento de ontem pela madrugada, não vi mais o Antony. Quando eu acordei, ele não estava mais no meu apê, e não deu sinal de vida até agora.

A distância é algo que acaba comigo, e eu já sofro demais por conta do meu irmão, não quero ter mais um motivo pra sofrer por conta dela

Eu queria muito conseguir manter um relacionamento a distância, mas eu me conheço. As coisas não vão ficar confortáveis.

Minhas mensagens não estavam chegando pro Antony,, se ele não faz questão nenhuma de avisar, de dar pelo menos uma aparição pra não me deixar preocupada, eu também não irei mais atrás.

Eu sei que nossa conversa não foi legal, mas acredito que não precisa disso tudo, ele precisa ser maduro pra entender minha decisão e meus pensamentos.

Isso é um gatilho imenso pra mim, principalmente da época do nosso relacionamento, qualquer problema, ele some. Não é justo esse "castigo do silêncio"

Começo a preparar as coisas pra fazer um lanche e escuto a minha companhia tocar, abro a porta e lá estava o Antony. Com uma cara vermelha e inchada, indicando que ele estava chorando, e segurando um buquê de flores com chocolate.

— Me desculpe pelo sumiço, posso explicar. — ele respira fundo e estende a mão com o buquê — Uma forma de fazer você feliz um pouquinho nesse dia que eu sei que não deve estar sendo fácil pra ele. — pego o buquê e abro um espaço pra ele entrar - Hm, que cheiro bom! — ele senta no sofá — Eu sai pra espairecer a cabeça logo cedo, e meu carro quebrou a 1h daqui. — ele passa a mão no rosto

— Você podia ter avisado, Antony. — reviro os olhos deixando as flores em cima da mesa e volto a atenção pra minha comida que estava preparando

— Calma que as coisas pioram! — Meu celular csimplesmente pifou, eu deixei cair e ele não voltou funcionar até então. — ele mostra o celular todo trincado — Tive que esperar meu carro ficar pronto pra buscar o que eu havia ido fazer, que são as flores. E, no Lucas — Lucas, um parceiro nosso que vende iphone — Atrás de um novo telefone. Me desculpa, Karol! Eu estou tendo um dia de cão, e não foi porque eu quis. — ele me abraça por trás depositando beijos no meu pescoço

— Eu fiquei preocupada, Antony — digo ríspida — Passei o dia sozinha, te mandando mensagens!

— Me desculpa, por favor! Eu fui só espairecer a cabeça e buscar flores pra você. Não estava nos meus planos que meu carro e meu celular iriam estragar.

— Tudo bem! Você não teve culpa. — respiro fundo — Senta aí, vamos comer!

No momento estamos fingindo que não temos algo a mais pra conversar. Estamos comendo, conversando e esquecendo tudo.

— Eu queria muito evitar essa conversa, mas sabemos que não dá... — ele respira fundo — Karol, eu peço um voto de confiança. Só um, que eu prometo que não irei vacilar! Confia em mim, não terá motivos pra você se sentir insegura, meu amor. Vamos fazer de tudo pra conseguir lidar com isso. Eu já perdi você uma vez, eu não quero perder de novo... — o tatuado diz, com lágrimas nos olhos

— Eu tenho medo de me machucar e machucar você, com inseguranças e paranoia. Medo de não conseguir lidar! — passo a mão no rosto dele

— Você vai conseguir meu amor! Eu prometo que você não vai precisar se sentir assim, eu jamais te darei algum motivo! Eu amo você, eu quero você e eu só preciso de você nessa vida. Não pede nossa separação, por favor! Preciso de você em minha vida. — ele encosta sua cabeça em meu ombro, com algumas lágrimas escorrendo pelo rosto

— Tudo bem! Eu farei isso por nós. — beijo a testa dele — Não é fácil, mas prometo me esforçar pra conseguir.

[...]

Chegou o dia que eu não queria, ter que me despedir do Antony. Eu prometi pra mim mesma, que farei de tudo pra conseguir manter nosso "relacionamento".

Prometi que iria esperar os 5 meses pra arrumar minha vida e ficar com ele, e ele prometeu me esperar chegar até lá.

Não temos um namoro, ainda. Mas estamos vivendo como se fosse!

Eu acabei de sair do meu primeiro dia de volta à escola, ainda não começou as aulas. Mas professora sempre precisa voltar antes pra organizar as coisas!

Encontro o Antony sentado esperando seu voo ao lado do seu irmão, Emerson.

— Cheguei! Desculpa a demora, o trânsito tava tenso. — Abraço o platinado, que me apertou forte me dando vários beijos — Oi, Emerson! — sorrio pro moreno que retribui.

O voo demoraria um pouco, fomos comer, e ficamos apenas curtindo a presença um do outro, conversando. Até escutarmos o voo dele sendo chamado, meus olhos já havia se enchido de lágrimas e meu coração doía.

— Me fala que não vou ter que despedir de você exatamente agora, por favor! — me levanto da cadeira, deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto

— Infelizmente, meu amor! — ele me abraça — Eu irei te esperar o tempo que for necessário, mas se puder ser rapidinho, eu iria amar! — ele ri

— Tenho um presente pra você! — entrego uma pulseira que havia as nossas inicias — Pra você sempre se lembrar de mim quando estiver por lá!

— Eu amei! Obrigado minha princesa. — Ele beija o topo da minha testa e escutamos mais uma vez nosso voo ser chamado — É, fica bem meu amor. Se cuida, se alimenta direitinho. Prometo que todos os dias irei te ligar, pra passarmos o tempo.

— Eu te amo, Antony! Me espera que eu prometo que irei o mais rápido possível, ok? — beijo ele

O platinado que segurava o choro ao máximo, deixou as lágrimas rolarem pelo rosto e me abraça mais forte ainda.

— A distância vai ser difícil, mas depois vai ser recompensada! Fica com Deus, loirinha! Te amo demais. — ele me beija pela última vez

Ele saiu com o irmão dele caminhando até o local de embarque, e eu desabei em choro. Espero que os 5 meses passem rápidos!

De volta ao passado - Antony dos Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora