Karoline da Silva reencontra o seu primeiro amor, Antony dos Santos.
Ele a magoou, e ela não o perdoa por isso. Mas tudo muda quando eles precisam conviver por dois meses no Qatar.
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Março, 2024.
A semana mais corrida da minha vida, com certeza será essa, milhares de trabalho, meu aniversário na quinta e o casamento do meu irmão no sábado.
As coisas estão ficando tão incríveis pro casamento, a Bruna se dedicou 100% pra tudo sair impecável, e está conseguindo.
Hoje irei dar uma entrevista pro Podpah, não sei o que deu na minha cabeça de marcar tudo pra essa semana.
Eu busquei o meu vestido de madrinha de casamento e do meu aniversário. Os vestidos estão impecáveis!
Dirijo até o prédio que os meninos haviam me passado o endereço, e ficamos resenhando, até começar.
— Estamos aqui, com a gata que é modelo, influenciadora e já foi professora — o igão disse — Karoline! — ele sorri e a câmera foca em mim — Cara, eu acho muito daora isso! Mesmo você com dinheiro, milhares de seguidores no instagram, fez sua faculdade e exerceu sua função por muito tempo
— Ah, sempre foi minha paixão, desde minha infância! — sorrio — Amo crianças, amo cuidar delas. Mas, chegou ao um ponto em que tive que decidir entre minha vida no instagram de blogueira ou minha carreira
— Muito chato isso né, eu te sigo a muito tempo e via como você conseguia conciliar o trabalho de professora com sua vida na internet — o mítico disse
— Sim! Eu conseguia. Mas, muitas pessoas na escola não ficavam satisfeitos com as coisas que eram expostas na minha vida — explico — Algumas mães, reclamavam com a diretora falando sobre as coisas que aconteciam, que entrava nas redes sociais e viam, e podia ter risco das crianças verem. Mas crianças da idade em que dava aula, não tinha nem que ter acesso em rede social — solto uma risada no nariz — Quando saiu toda polêmica do término do meu "relacionamento" — faço aspas com as mãos — Fui demitida. Muitas mães reclamaram.
— Porra, desempregada e solteira — o igão ri — Foi no mesmo dia? — ele pergunta
— Terminei a noite, quase de madrugada, e fui demitida no outro dia de manhã
— Puts, aí não — o mítico ri — eu chorava
— E você acha que eu não chorei — dou risada — Duas paulada na cabeça de uma vez
— Ainda bem que foi de uma vez, que aí supera tudo junto — o igão fala
— Sim, exato! — bebo um gole do whisky que eles haviam me oferecido
— E entrando no assunto de relacionamento, como foi isso de você e do Antony? — o mítico pergunta
— A gente se conhece a muitos anos, desde uns 8 anos, mais ou menos. Se eu não estiver enganada! E ele se tornou meu melhor amigo, mas sempre teve aquela paixão, sabe? — ajeito meu cabelo — E aí, nos começamos a namorar, mas na época onde ele foi ganhando fama e espaço no São paulo, muitas coisas acontecendo, éramos novos e imaturos e veio mentiras, brigas, e terminamos. Fiquei muito magoada na época. — Nos reencontramos no Qatar, e todo aquele amor reprimido veio à tona, eu estava apaixonada e ele também! Sempre nos amamos, sabe? Então rolou, mas não foi algo concreto!
— E aquele rolê com a irmã do Dalot foi o motivo da separação, né? — o igão pergunta, antes de iniciarmos, eles me perguntaram se eu estaria confortável pra responder esse tipo de pergunta da vida pessoal, e eu disse sim.
— Não, não foi. Nunca rolou nada entre os dois, — afirmo — Bom, ele diz. O que fez o relacionamento chegar ao fim, foi que eu não estava preparada pra lidar com tanta insegurança e ciúmes a distância. Eu não sabia como controlar toda aquela situação, a internet em peso em cima de mim, falando coisa absurdas e eu descontava nele. E mesmo ele me dizendo de todas as formas possíveis que não existia nada que ele estava esperando acabar meus 6 meses de contrato com a escola pra ir até Manchester. — meu coração se apertou, um assunto ainda muito mal resolvido dentro de mim — Mas, foi muita insegurança, desconfiança em cima dele e realmente não tem como ter um relacionamento a distância sendo que você tem inúmeras paranóias e desconfiança.
— Se não tem confiança, não tem nada né. — o mítico disse, e meu pensamento volta a 1 ano atrás, no nosso término
— Exatamente! Foi esse o motivo do término. Nem foi bem um término né, nós não namorávamos ainda. Estava esperando o fim do meu contrato pra poder prosseguir juntos. — era perceptível em meu rosto, que aquilo ainda me doía.
— Mas, você logo saiu da escola, não teve uma tentativa de reaproximação? — o igão pergunta
— Não, não teve! — respiro fundo — Eu esperei muito uma mensagem, e até quis mandar, só não tive coragem. Eu estava disposta a mudar, e fazer dar certo, mas não teve a reaproximação e foi uma puta quebra de expectativa. — Até estivemos no mesmo lugar na festa de noivado do meu irmão, até porque ele é padrinho também, pensaram que teria uma reaproximação, mas não teve. — Na verdade foi como se fôssemos estranhos, desconhecidos.
— Eu sei como é. Olhar pra uma pessoa que você tanto amou, e parecer que agora são estranhos, que nunca nem se conheceram. — o igao passou a mão no rosto
— Sim! São coisas da vida, né. — sorrio sem mostrar os dentes
— Eu encontro vocês amanhã, né? — me levanto da cadeira após encerrar o podcast
— Claro! Jamais perderia uma festona dessa — o mítico disse
— Meu traje de gala é uma camisa do corinthians e pronto — o igão disse rindo, já que seria um baile de máscaras com trajes de gala.
— Caralho, sim! — rio — Até eu tô pensando em ir com minha camisa do corinthians — brinco
— Seu irmão, ídolo extremo do Santos e você é Corinthiana — o igão ri
— Pelo menos alguém teve bom gosto na família! — digo
