34 - paz

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Algumas semanas desde o natal se passaram, foram semanas de felicidade, amor, paz

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Algumas semanas desde o natal se passaram, foram semanas de felicidade, amor, paz. Visitamos algumas cidades espalhadas pelo Brasil, aproveitando 100% nossos últimos momentos juntos.

Eu não queria pensar e nem tocar nesse assunto, mas eu sei que nosso amor está com prazo de validade.

O antony logo mais voltará pra Manchester eu pra São Paulo, preciso trabalhar, ele também. E eu não vou manter um relacionamento que nem se quer existe por distância.

Isso requer muita paciência, compreensão, e eu não sei se é algo que eu conseguirei ter por muito tempo, e vou me magoar e magoá-lo. Então é melhor previnir do que remediar.

— Meu amor, vamos aproveitar nosso último dia nesse paraíso. Vem! — o platinado me chama com as mãos na porta do nosso quarto — O dia lá fora está lindo.

Estávamos em Fernando de Noronha a uma semana, só eu e ele nesse incrível paraíso. Eu estava nas nuvens, vivendo meus melhores dias ao lado dele. Mas no fundo, tá doendo ao saber que logo irá acabar, e eu precisarei voltar a minha rotina de sempre, sem ele.

Me levanto da cama e vou até onde o tatuado estava, deitado em uma espreguiçadeira acompanhado de um café da manhã com flores.

— A dois meses atrás estávamos nos reencontrando lá no Qatar, agora estamos aqui, juntos. — Ele levanta e sela nossos lábios — Como eu sou feliz por isso! — me abraça sorrindo — Feliz dois meses de reencontro? — ele ri

— Feliz dois meses de reencontro! — dou risada e me sento na mesa, admirando as flores — Você sempre consegue me surpreender, sabia? — Dou um selinho nele — Você é incrível, príncipe!

Começo a tomar o café da manhã, que estava incrível. Tudo estava tão perfeito, o lugar que dava uma vista incrível pro mar, a comida, a companhia. Se eu pudesse travar esse momento e viver somente aqui, eu faria!

É oficial, não sei se estou preparada pra deixá-lo novamente.

[...]

Já estava em São Paulo a dois dias, o Antony estava me fazendo companhia, disse que não queria perder um minuto longe de mim. E nem eu quero perder.

Enquanto o platinado dorme, eu começo a organizar o meu plano de aula de fevereiro, que preciso entregar antes do dia 30 de janeiro.

No mesmo dia que volto a trabalhar, o Antony precisa voltar a Manchester, meu coração tá doendo só de imaginar.

Estou tentando me concentrar, mas meus pensamentos estão me dominando. A dois meses atrás nunca me imaginaria que iria estar aqui, com o coração sofrendo por ter que deixar os meus sentimentos pelo Antony mais uma vez.

Não sei o que irei fazer, qual decisão tomar. Mas no fundo eu já sei o que precisarei fazer pra tirar essa indecisão.

— Acordada até hora dessa, meu amor? — o platinado aparece na sala ao meu lado

— Trabalhando, no fim da semana precisarei entregar o plano de aula dos meus alunos — sorrio enquanto bebia mais um gole de coca

— Você realmente ama seus aluninhos, não é? — ele senta ao meu lado — Você sempre teve o dom pra isso, não vejo a hora de termos no bebezinho e ver você como mãe!

— Ah, calma lá. — dou risada — um passo de cada vez, você nem me pediu em namoro ainda!

— Mas eu vou, loirinha! E não vai demorar muito. — ele beija a minha bochecha — Vem, vamos dormir! — ele pega na minha mão e me guia até a cama — Estou com medo.

— Medo de que, meu bem? — me deito ao lado dele

— De voltar pra Manchester, te deixar. — ele passa a mão no rosto, com um semblante de preocupado — Isso está tirando meu sono, minha paz a dias.

— Eu estou com o mesmo pensamento. Não quis atrapalhar nossa viagem, então guardei pra mim, mas isso me preocupa.

— O que você acha de dar aula até junho, e depois ficar comigo em Manchester? — ele pergunta

— Eu posso pensar! Mas até lá, não sei se conseguirei manter o relacionamento a distância. Não é fácil me deslocar daqui, pra ir te ver lá e nem você — me viro de costas pra ele, ficando de conchinha, não conseguia olhar pra ele nesse momento

— Mas vão ser menos de 5 meses, acho que conseguimos, né? — ele faz carinho em meu cabelo

— Me desculpa, Antony. — respiro fundo — Eu não consigo, de verdade! Não é pra mim.

O platinado se afastou, deitou virado pro outro lado na cama, o silêncio que havia se formado naquele quarto, doía no meu coração.

De volta ao passado - Antony dos Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora