41 - sofrendo

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A noite de ontem foi como um banho de água fria, meu primeiro contato com a Karoline depois de um ano, e vê-la com outro me fodeu

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A noite de ontem foi como um banho de água fria, meu primeiro contato com a Karoline depois de um ano, e vê-la com outro me fodeu

Novamente a sensação de perder-lá. Eu sei que eu fui um merda, de cabeça quente terminei, mas a única coisa que eu preciso nessa vida, é essa mulher.

Eu errei também, mais uma vez em não ir atrás dela depois de tudo. Mas como ir atrás de alguém estava tão bem sem mim?

Queria ter a sensação de mais uma vez ter ela por perto, ter o seu toque, seus carinhos.

Ah, se ela soubesse o quanto eu ainda a amo.

Ela vai ser pra sempre o amor da minha vida, a pessoa que eu mais amo em toda essa vida.

As vezes me pergunto se um dia irei conseguir esquecê-la.

Precisarei aguentar o merda desse ficante dela pelo dia de hoje, já que o cara não se toca e vai embora.

Será que ela não pensa em como me sinto vendo tudo isso?

— Já não deu a hora de você voltar pro Rio não?— a karoline pergunta pela milésima quando o jogadorzinho abraça ela

— Consegui uma folguinha pra ficar com você! — ele sorri e ela pede socorro com o olhar pro seu irmão

Ele não se toca que ela não o quer?

Aquela cena dele forçando algo, estava me enjoando. Como rapidamente e saio da mesa, me afastando máximo possível dos casalzinho.

— Tá incomodado, né? — o neymar se aproxima — desculpa por isso, irmão.

— Relaxa! — sorrio pra ele — Seu cunhado né, você tem que aceitar. — dou um sorriso desajeitado

— Meu cunhado sempre será você! — ele afirma

— Sua irmã não acha o mesmo, infelizmente.

— Ela acha, você sabe — ele revira os olhos — Ela só o convidou por educação, e ele acabou ficando demais — ele ri — Não fala que eu tô te contando isso! — ele faz palmas com a mão

— Mas dói, né. Vi ele beijando ela, se apresentou pra mim como o namorado dela...

— Ciúmes, conhece? — nós rimos — Olha, você é um idiota por ter deixado ela ir assim, por bobeira.

— Eu sei, queria ter voltado atrás. Mas, ela estava tão bem, não tinha porquê eu voltar e estragar a vida dela. — respiro fundo

— Ah, deixa de bobeira. Sério! Eu e a Bruna tivemos nosso desacerto no começo, tivemos idas e vindas e olha só, nosso casamento é depois de amanha. — ele sorri

[...]

O dia se passou e estava em um clima horrível, pelo menos da minha parte. Ele não desgrudava do pé da Karoline e eu me senti tão mal com a situação que quase não sai do quarto.

O por do sol estava incrível, e isso me lembra ela. Amo admirar o céu ao lado dela!

Vejo o Arrascaeta saindo com uma mala na mão e a Karoline atrás, estava indo embora.

Meu corpo entrou em alerta vermelho quando eu o vi ele se aproximando ela e a beijando, e demorou a soltá-la. Foi a pior cena que já presenciei.

Meu peito doía, e não estava falando de algo somente sentimental, era uma dor física, todo meu corpo doía, e minhas lágrimas desceram pelo rosto.

Não gosto nada da forma que ela me faz chorar.

Por que somos tão bobos em não deixar as desavenças de lado e só aproveitar o nosso amor?

Sabemos que amor não falta, e nunca faltou.

Fiquei ali, por horas e horas pensando em formas que eu poderia ter evitado toda essa dor. Não vou mentir, estou muito vulnerável, não sou mais o Antony que sai pegando várias pra suprir a dor, e acho que assim dói mais ainda.

Saio do quarto, e vejo a Karoline sentada sozinha na mesa, como todos estavam mortos de ressaca devido à longa festa de ontem, estavam quietos.

— Tá tudo bem, Tony? — escuto a voz doce da loura

— Sim! — digo grosso enquanto abria a geladeira a procura de algo pra comer

— Então por quê estava chorando? — ela levanta da cadeira se aproximando

— Tenhos meus problemas, Karol.

— Pode desabafar comigo, sou toda ouvidos a você! — ela sorri, tentando ser simpática

— Ah ok! — ironizo

— Não fode, Antony. Estou tentando manter nossa boa convivência, cara!

— Não força algo que não está tendo, é menos doloroso — digo colocando uma lasanha congelada que havia comprado no microondas

— Doloroso? O que eu fiz? Se me lembro ainda, acho que você que terminou comigo. — a loira colocou as mãos na cintura, com uma expressão de brava

— Isso também é doloroso! Só que mais do que isso, é ver você beijar outro na minha frente, assumir um novo namorado na minha frente. — Respiro fundo — Acredito que isso é muito mais dolorido.

— Eu tô seguindo minha vida, ou você quer que eu fique sempre presa a você? — ela diz

— Uau, presa a mim? — viro as costas pra não descer algumas lágrimas teimosas na frente dela — Tudo bem, Karoline. Segue sua vida, você pode ficar com quem você quiser, fazer tudo! — Ter um pouco de responsabilidade afetiva, por eu estar presenciando tudo, não vai te matar!

— Ok, da próxima vez eu penso. — ela debocha — Você por um ano não fez questão de se reaproximar de mim, achou que quando voltasse eu estaria de braços abertos te esperando?

— Não, Karoline! Claro que não. Mas eu amo você, entenda. Você é o amor da minha vida, e eu preciso de você, eu sinto falta até dos seus ciúme, Karoline. — respiro fundo, mais uma vez — Me doeu, como se fosse uma dor física te vendo agarrar aquele jogadorzinho lá. — meus olhos estavam cheios de lágrimas

— Me desculpa, Antony. Não achei que você viria e teria que presenciar tudo isso! — ela abaixa a guarda

— Você não tem que me pedir desculpas, você é solteira e não pode ficar presa a mim. — sorrio debochado

— Você dificulta as coisas, puta que pariu! — ela passa a mão no rosto — Quer saber? Dane se, deixa essa merda do jeito que tá, não vou me preocupar mais com nossa relação fudida que nem existe mais! — ela sai pisando fundo em direção aos quartos

De volta ao passado - Antony dos Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora