O Professor - Livro 2

Capítulo 3

Três dias depois...

Eu me sinto aliviada ao receber alta do hospital e saber que posso finalmente ir para casa. Sinto um misto de emoções, alívio por estar viva e tristeza por ter perdido meu bebê.

Enquanto me preparo para ir embora, Francis, o médico que cuidou de mim, se aproxima. Eu percebo que ele está me olhando de uma forma diferente e sinto um certo calor subir pelo meu corpo.

— Você está pronta para ir, Clara? — ele pergunta com um sorriso gentil no rosto.

— Sim, estou pronta — eu respondo, sentindo meu coração bater mais forte.

Ele me entrega alguns papéis e começa a explicar as instruções de cuidados que devo seguir em casa. Eu tento prestar atenção em suas palavras, mas não consigo deixar de reparar em como ele é bonito. Sinto minha respiração ficar mais pesada.

— Ei, você está bem? — ele pergunta, notando minha mudança de comportamento.

— Sim, estou bem. Só um pouco cansada — eu respondo, tentando me recompor.

Ele me olha com preocupação, e eu percebo que ele é um médico dedicado e cuidadoso. Fico agradecida por ter sido cuidada por alguém assim durante minha estadia no hospital.

— Se precisar de alguma coisa, pode me ligar a qualquer hora — ele diz, sorrindo.

Sinto um calor subir pelo meu rosto quando percebo que ele está flertando comigo. Não sei bem como reagir, mas sinto uma atração inexplicável por ele. Talvez seja o fato de ele ter cuidado tão bem de mim, ou simplesmente o fato de ele ser tão bonito e charmoso.

— Obrigada, Francis. Eu realmente apreciei todo o seu cuidado — eu digo, sorrindo de volta.

Ele se aproxima um pouco mais, e sinto meu coração bater mais forte. Ele pega minha mão suavemente e me olha nos olhos.

— Você é forte, Clara. E vai superar tudo isso — ele diz, com uma voz suave.

Eu sinto uma conexão imediata com ele, como se ele entendesse tudo o que estou passando. Sinto um desejo crescente de beijá-lo, mas me contenho. Afinal, acabamos de nos conhecer.

— Obrigada por tudo, Francis. Vou seguir suas instruções e me cuidar em casa — eu digo, ainda um pouco sem jeito.

Ele sorri, e eu sinto um frio na barriga.

— Espero vê-la em breve, Clara — ele diz, antes de se afastar.

— Vamos, filha? — minha mãe pergunta, me interrompendo.

Eu me viro para ela, ainda sentindo a emoção do momento com Francis.

— Sim, vamos embora — eu respondo, seguindo-a em direção à saída do hospital.

Enquanto caminhamos, minha mente ainda está repleta de pensamentos sobre Francis, mas por enquanto, decido focar em minha recuperação e seguir as instruções de cuidados. Afinal, ele é um médico cuidadoso e experiente, e eu confio em seu julgamento.

Finalmente estou de volta em casa. Meu corpo ainda está fraco, mas pelo menos estou viva. Olho ao redor e percebo que minha mãe já arrumou tudo para minha chegada. Ela se preocupa muito comigo, e eu a amo por isso. Mesmo que tenhamos nossas diferenças, ela sempre esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis.

— Você quer alguma coisa, filha? Água, suco? — ela pergunta, olhando para mim com um olhar preocupado.

— Água, por favor — eu respondo, sentindo a garganta seca.

Ela vai até a cozinha e retorna com um copo de água gelada. Eu agradeço e começo a beber, sentindo o líquido fresco descer pela minha garganta.

— Como você está se sentindo? — ela pergunta, sentando-se ao meu lado.