O Professor - Livro 2

Capítulo 171 - A Fuga de Eric

POV DYLAN

Encaro o corpo do assassino caído e depois olho para Guilherme, que respira fundo, como se estivesse aliviado pela vingança alcançada.

— Guilherme... eu... obrigado. Você salvou a minha vida. — Minha voz sai trêmula, ainda processando a reviravolta.

— Você está bem? — ele pergunta, preocupado.

— Estou... estou vivo, graças a você.

Guilherme se aproxima de mim e me abraça em um abraço surpreendentemente apertado.

— Que bom te ver, cara... Como é possível que você esteja aqui? — pergunto, ainda perplexo.

Guilherme abaixa a arma, guardando-a rapidamente. Ele respira fundo, como se estivesse tentando acalmar os próprios nervos.

— Eu fiquei sabendo que raptaram o Henry Miguel e então viemos para cá — ele continua, explicando a pressa que o trouxe até ali.

— "Viemos"? Quem veio com você?

— Eric e Francis.

Fico surpreso ao ouvir os nomes de Eric e Francis. Guilherme, então, explica como eles souberam sobre o sequestro de Henry Miguel e decidiram agir rapidamente para ajudar.

— Onde eles estão? — pergunto, olhando ao redor.

Guilherme suspira antes de responder, desviando o olhar por um momento.

— Eu não sei, Dylan... Alguns homens estavam seguindo a gente pela estrada e fugimos pela floresta. No entanto, Eric começou a se sentir mal e não pôde continuar com a gente. Francis decidiu ficar para ajudá-lo e pediu que eu fosse em frente. Não sei o que pode ter acontecido com eles.

— Será que eles estão bem? — pergunto, preocupado com o destino de Eric e Francis.

— Não posso garantir nada. A situação ficou muito complicada, e não sabemos o que aconteceu depois que nos separamos.

— Como vocês acharam esse lugar?

— Eric recebeu a sua mensagem, indicando o caminho que você e Clara estavam indo. Então, nós viemos o mais rápido possível para ajudar. Sabíamos que não podíamos perder mais tempo.

— Nossa, eu tinha até me esquecido dessa mensagem. Eu mandei ontem à noite para o Eric, quando eu estava dirigindo pela estrada com a Barbie.

Olho para o corpo do assassino caído no chão, absorvendo lentamente o que acabou de acontecer.

— Esse desgraçado, finalmente teve o que merecia. A morte do meu irmão foi quase vingada. É uma pena que não fui eu que acabei com ele. De qualquer forma, o verdadeiro culpado é o Joaquim. Eu vou fazer ele pagar por tudo o que fez comigo e com a minha família. — digo, com um olhar determinado.

A expressão de Guilherme fica séria ao mencionar Joaquim, e ele concorda com a minha determinação.

— Você não está sozinho nessa, Dylan. Nós vamos enfrentar esse cara juntos. Nós dois vamos vingar a morte do Henry.

Guilherme e eu olhamos para o corpo inerte do assassino caído ao nosso lado.

— Eu nunca pensei que teria que fazer algo assim. Matar alguém... — Guilherme murmura, como se estivesse processando o que fez.

Ainda atordoado, observo Guilherme, que parece estar carregando um fardo emocional pesado. As consequências daquela noite começam a se desenrolar diante de nós, enquanto a floresta guarda o segredo sombrio daquela execução.