POV HENRY
Alguns dias se passaram desde que entreguei os fios de cabelo de Clara para análise no laboratório. A espera foi agonizante. Finalmente, o grande dia chegou. Estou tenso e ansioso, sentado na sala de espera do laboratório, aguardando o chamado.
Meu coração dispara quando a porta se abre e uma cientista se aproxima de mim, segurando um envelope branco nas mãos.
— Sr. Henry Royal, aqui estão os resultados dos exames — ela diz, me entregando envelope.
Respiro fundo antes de abrir o envelope, sabendo que o que está escrito ali dentro pode mudar tudo. Minhas mãos tremem enquanto retiro o papel e começo a ler os resultados.
Meus olhos correm pelas palavras impressas, processando a informação. À medida que leio cada linha, meu coração se aperta e minhas mãos começam a suar.
Não é possível... não é possível... Clara não é minha irmã... os resultados mostram que não compartilhamos nenhum vínculo de parentesco... ela não é minha irmã!
As lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto. Estou aliviado por saber que ela não é realmente minha irmã, assim ela e Dylan podem ficar juntos. Por outro lado, estou devastado pela magnitude da mentira que meu pai causou. Como ele pôde ser tão cruel? Como ele pôde brincar com os sentimentos das pessoas?
Levanto o olhar para a cientista.
— Tem certeza? Não há nenhum erro nos resultados? — digo, com a voz embargada.
Ela balança a cabeça, compreendendo minha agonia.
— Sr. Royal, os resultados foram verificados e reconfirmados. Não há dúvidas de que essa tal pessoa não possui nenhum parentesco sanguíneo com você.
Minhas mãos tremem enquanto aperto o papel dos resultados.
— Obrigado... Obrigado por confirmar isso — digo, com a voz trêmula.
A cientista oferece um sorriso compassivo antes de se afastar, me deixando sozinho com essa nova realidade que se descortina diante de mim.
Sem perder tempo, pego meu celular e tento ligar para Clara para contar a descoberta. No entanto, ela não atende. A ansiedade aumenta à medida que minha ligação vai para a caixa postal. Talvez ela esteja ocupada na universidade, penso. Decido enviar uma mensagem urgentemente explicando tudo, na esperança de que ela a leia o mais rápido possível.
Aguardo ansiosamente por uma resposta, mas nada acontece. Minhas mensagens ficam sem resposta e não recebo nenhum sinal de leitura. A preocupação cresce dentro de mim.
Também tento entrar em contato com Dylan, mas ele também não dá nenhum sinal.
— Droga! Esse povo tem telefone para quê? Para não atender os outros? — reclamo em voz alta.
Decido que não posso esperar mais. Se Clara não está respondendo às minhas mensagens, é possível que ela esteja na universidade. Com o coração acelerado, pego minhas coisas e saio apressadamente do laboratório.
Chego na universidade e procuro pela Clara freneticamente. Meus olhos vasculham cada corredor, cada sala de aula e cada cantinho onde ela possa estar.
No entanto, enquanto atravesso um corredor movimentado, esbarro com alguém de forma brutal. Meus olhos se encontram com os do homem que está de pé diante de mim, e meu coração quase para.
É meu próprio pai.
O envelope com os resultados dos exames escapa das minhas mãos e cai no chão.
— Henry? Está tudo bem? Parece que você viu um fantasma. O que aconteceu? — ele pergunta, preocupado.
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O Professor - Livro 2
RomansaApós Clara descobrir que o atual namorado de sua mãe é na verdade Eric, seu ex-namorado, ela se vê diante de um grande dilema e precisa decidir se deve confrontá-los ou guardar segredo. Enquanto isso, Dylan retorna à cidade para tentar superar seus...