O Professor - Livro 2

Capítulo 124

POV DYLAN

Algumas horas depois...

Depois de tanto tempo, lutando contra as cordas e tentando recuperar minhas forças, finalmente consigo me soltar. Estou todo ferido e machucado, mas a dor física não se compara à raiva que queima dentro de mim, e agora, mais do que nunca, estou determinado a me vingar daquele filho da puta.

Com cuidado, me levanto, sentindo a rigidez em cada músculo do meu corpo machucado. Olho ao redor, tentando me orientar na floresta. Não faço ideia de onde estou, mas minha única prioridade é voltar para casa e me preparar para a minha vingança.

Ando pela floresta sem rumo por algum tempo, tentando encontrar uma estrada ou alguma forma de sair dali. A noite começa a cair, tornando a floresta ainda mais escura e assustadora. Cada som da natureza me faz estremecer, mas eu não posso me dar ao luxo de parar agora.

Finalmente, após o que parece uma eternidade, encontro uma estrada. Minhas pernas estão fracas, e a fome e a sede são insuportáveis, mas não posso parar. Levanto o polegar na esperança de conseguir uma carona e, para minha sorte, um caminhoneiro para ao meu lado.

O caminhoneiro parece desconfiado, mas depois de ouvir minha história e ver o estado em que me encontro, ele concorda em me levar de volta para casa. Durante a viagem, compartilho com ele tudo o que aconteceu, mas sem entrar em muitos detalhes.

De volta para cidade, agradeço ao caminhoneiro e desço do caminhão em uma rua qualquer, mas ainda estou muito longe do meu apartamento. A cada minuto que passa, minha determinação em buscar vingança contra aquele desgraçado só cresce. Eu pego um taxi e continuo meu trajeto de volta para o meu apartamento. A imagem de Joaquim, aquele maldito assassino, rindo enquanto me torturava, assombra meus pensamentos. Ele vai pagar por tudo o que fez.

Finalmente, chego ao meu apartamento. A porta está trancada, mas eu tenho uma cópia da chave escondida em um lugar seguro. Ainda sentindo as dores de cada ferida, mas isso não importa agora. O que importa é que eu preciso me preparar para enfrentar Joaquim e trazer justiça para o meu irmão e para mim mesmo.

Quando abro a porta, sou surpreendido por uma sombra no corredor e de repente me vejo face a face com Eric.

— Eric? — Meu coração dá um salto de surpresa ao vê-lo ali, parado diante de mim. Ele parece pálido e nervoso, e eu posso ver o medo em seus olhos.

— Dylan...

— Eric, o que diabos você está fazendo aqui? — pergunto, sem entender o que está acontecendo.

Ele parece nervoso, olhando ao redor como se temesse ser visto. Com passos hesitantes, ele entra no meu apartamento e fecha a porta atrás de si.

— Eu precisava de um lugar para me esconder, Dylan. Não tenho mais para onde ir. Eu fugi da cadeia.

Minha mente gira com a revelação de Eric. Ele fugiu da cadeia, e agora está parado diante de mim, pedindo ajuda. Como ele conseguiu fugir da prisão? Mas, ao mesmo tempo, uma parte de mim compreende sua situação. Ele foi injustamente acusado, e o verdadeiro culpado é o pai dele, Joaquim, que também é responsável pela minha tortura na floresta.

— Por que você fugiu da cadeia, Eric? Você ficou maluco? Se a polícia bater aqui na minha casa, eu também vou ser preso junto com você.

— Eu precisava fazer isso, Dylan... Eu não podia ficar naquela cela, esperando o resto da minha vida por um crime que não cometi. O verdadeiro assassino é o meu pai, e eu tenho que provar isso de alguma forma. Eu não posso permitir que ele saia impune, e também não posso deixar que ele me encontre antes de eu conseguir as evidências necessárias para provar a minha inocência.