O Professor - Livro 2

Capítulo 45

POV DYLAN

Após receber a notícia que meu pai está internado no hospital, Henry e eu vamos correndo até lá. Nós entramos apressados no hospital, passando pelos corredores movimentados até chegarmos à ala onde meu pai está sendo cuidado. Minhas mãos estão tremendo e meu coração está batendo forte no meu peito.

Finalmente, chegamos ao quarto onde meu pai está deitado na cama, cercado por aparelhos e tubos. Sua expressão é pálida e fraca, e eu sinto um aperto no peito ao vê-lo assim.

— Pai... — chamo, minha voz saindo mais baixa do que o esperado.

Henry se aproxima ao meu lado, sentindo a mesma preocupação e angústia que eu.

— Papai... — Henry não consegue concluir a frase. Seus olhos estão marejados de lágrimas, e seu corpo treme de emoção. Ele se aproxima da cama e agarra a mão dele, segurando-a com força.

Eu me aproximo também, olhando para o papai com tristeza e determinação. Sinto um nó na garganta enquanto tento encontrar as palavras certas para expressar meus sentimentos.

— Pai, estamos aqui. Não se preocupe, meu velho, vamos cuidar de você. Você vai ficar bem — digo, lutando para manter minha voz firme.

Henry soluça ao lado de mim, incapaz de conter suas emoções. Seus ombros tremem com cada soluço, revelando o quanto ele está abalado com a situação.

Meu coração se parte ao ver meu irmão tão abalado. Eu me aproximo dele e envolvo meus braços ao redor de seus ombros, oferecendo um apoio silencioso.

— Henry, estamos juntos nessa. Vamos cuidar do papai. Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Henry funga, tentando controlar suas lágrimas enquanto se inclina em meu ombro.

— Eu não consigo, Dylan... Eu não quero perdê-lo...

Sinto meu próprio peito apertar com a tristeza que Henry está enfrentando.

— Eu sei, irmão. Eu também não quero perdê-lo. Mas precisamos ser forte e acreditar que ele vai se recuperar. Vamos cuidar dele.

— Eu não sei se vou conseguir, Dylan... Nós acabamos de perder a mamãe e agora o papai está nessas condições... lutando pela vida. É demais para suportar.

Eu olho para Henry e dou um abraço apertado nele. Minhas próprias lágrimas começam a cair enquanto luto para encontrar palavras de conforto.

— Não se preocupa, irmão. O papai vai ficar bem, eu tenho certeza — digo, com a minha voz embargada.

Henry se agarra a mim, soluçando em meu ombro. Ficamos ali, abraçados, compartilhando a mesma dor. Apesar de também estar abalado, tento me manter forte por ele, pois sei que precisamos um do outro nesse momento difícil.

Passamos algum tempo, abraçados, encontrando conforto um no outro. A presença de Henry ao meu lado me dá forças para continuar lutando e acreditar na recuperação do meu pai.

Após alguns momentos, nos afastamos do abraço e secamos as lágrimas. Olho para Henry e vejo determinação em seus olhos, assim como sinto em mim mesmo.

— Henry, ele precisa do nosso apoio mais do que nunca. Vamos enfrentar essa situação juntos e fazer o possível para que ele se recupere.

Henry balança a cabeça, enxugando o rosto com as costas da mão.

— Você está certo, Dylan...

Nós ficamos em silêncio por um momento, absorvendo a gravidade da situação.