Capítulo 121

70 3 0
                                    

POV ERIC

Estou sentado em uma sala fria e mal iluminada na delegacia, aguardando a chegada do delegado. Meu coração bate descompassado no peito. Eu não consigo acreditar que estou passando por isso, que estou sendo tratado como um criminoso quando sei, com toda a minha convicção, que sou inocente.

O som dos passos se aproxima, e eu levanto os olhos para ver a porta se abrindo. O delegado entra na sala, com um olhar sério e avaliativo em seu rosto. Ele se senta do outro lado da mesa, empilhando alguns papéis na frente dele.

— Senhor D'Ávila, sou o Delegado Marques. Lamento pela forma como as coisas se desenrolaram até agora, mas temos um procedimento a seguir.

Eu engulo em seco, minha garganta repentinamente seca. A presença do delegado na sala só amplifica a gravidade da situação.

— Entendo. Eu só quero deixar claro que sou inocente. Eu não tive nada a ver com a morte de Henry.

— Eu entendo que você queira se defender, senhor D'Ávila. No entanto, as evidências encontradas na sua residência são bastante comprometedoras.

— Eu juro que não sei como essas coisas foram parar lá. Alguém está tentando me incriminar, eu não tive nada a ver com isso.

O delegado Marques suspira, olhando para mim com um olhar penetrante.

— Nós não estamos aqui para presumir culpa ou inocência, senhor D'Ávila. Estamos aqui para investigar e encontrar a verdade. Agora, vamos passar pelas acusações e as evidências encontradas.

Eu me inclino para a frente, sentindo uma mistura de ansiedade e raiva.

— Por favor, faça isso. Eu quero esclarecer tudo.

O delegado pega alguns papéis da pilha à sua frente e começa a ler em voz alta.

— De acordo com a denúncia anônima que recebemos, você é suspeito no caso do assassinato de Henry Royal. A denúncia alega que você teve um motivo para cometer o crime, devido a conflitos anteriores entre você e a vítima. Além disso, foram encontradas evidências na sua residência, incluindo uma arma que pode estar relacionada ao crime, bem como roupas que supostamente foram usadas pelo assassino na noite do homicídio.

Eu escuto as palavras do delegado, indignado. Tudo isso parece uma farsa absurda, e é difícil acreditar que alguém tenha ido tão longe para me incriminar.

— Eu sei que isso parece terrível, mas eu juro pela minha vida que não tenho nada a ver com isso. Eu nem mesmo conheço as roupas ou a arma que você está falando. Aliás, Henry e eu sempre nos damos bem, ele era meu aluno e morava comigo. 

O delegado Marques olha para mim por um momento, sua expressão insondável.

— Entendo sua posição, senhor D'Ávila. No entanto, a situação é delicada. Precisamos levar em consideração todas as informações e evidências à nossa disposição. As câmeras de segurança mostram uma pessoa usando roupas semelhantes às encontradas em sua casa, na noite do assassinato.

Eu fico atordoado com essa informação. Alguém está claramente tentando montar um caso contra mim, usando evidências falsas para me incriminar. Mas como posso provar minha inocência diante de tais circunstâncias?

— Senhor Delegado, a residência onde ocorreu o assassinato era na mansão dos meus pais adotivos, onde ocorreu o meu casamento, e eu não estava presente naquele momento. Minha esposa e eu estávamos em casa depois da festa.

Eu tento manter minha voz firme e minha expressão determinada, mesmo que meu coração esteja acelerado de ansiedade. O delegado Marques observa minhas reações atentamente, como se estivesse avaliando cada palavra que digo.

O Professor - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora