A expressão de Joaquim se torna ainda mais tensa, mas ele tenta manter uma fachada de controle, mesmo diante da ameaça que estou representando.
— Você não vai chegar a lugar nenhum agindo assim. Colocar essa arma para mim não vai resolver nada — ele diz.
Eu aperto o punho em torno do revólver, deixando minha raiva me dominar.
— Oh, eu acho que vai resolver bastante. Você não faz ideia de quanto tempo eu esperei por este momento. O momento em que você vai pagar pelo que fez ao meu irmão.
— Você realmente acha que me ameaçar com uma arma vai fazer diferença, Dylan? — ele responde, com um sorriso frio nos lábios. — Você acha que pode simplesmente me matar e sair impune?
— Não estou aqui para jogar os seus joguinhos. Eu sei o que você fez, eu sei que você é o responsável pela morte do Henry e por tentar me matar também. Eu sei que você contratou um assassino para fazer o serviço sujo. Agora chegou a hora para o acerto de contas.
— Você é um tolo, Dylan. Acha que pode resolver tudo apontando uma arma para mim?
— Cala a boca! — grito, com raiva. Minha mão segura o revólver com firmeza, tremendo ligeiramente com a intensidade das minhas emoções. — Não se atreva a me chamar de tolo! Você destruiu a vida do meu irmão, o tirou de mim de uma forma brutal e cruel. E agora você vai pagar por isso.
— Você acha que me matar fará com que seu irmão volte? Você acha que pode simplesmente me eliminar? Você é mais ingênuo do que eu pensava. Quer me matar? Vá em frente, isso não mudará o que aconteceu, mas também não vai te trazer alívio. A sua dor continuará aí, latejando.
As palavras de Joaquim penetram em minha raiva, me fazendo hesitar por um momento. Antes que eu possa dizer algo, ele se levanta da cadeira de forma abrupta e saca uma arma de choque, apontando-a em minha direção.
Antes que eu possa reagir, ele dispara a arma de choque contra mim. Uma onda de eletricidade percorre meu corpo, causando uma dor aguda e incapacitante. Minhas mãos perdem momentaneamente o controle sobre o revólver, e ele cai no chão. Caio de joelhos, lutando para recuperar o controle dos meus músculos.
Joaquim aproveita a oportunidade e se aproxima de mim, usando um pedaço de pano embebido em clorofórmio para cobrir minha boca. O odor pungente invade minhas narinas antes que eu possa reagir, e a escuridão rapidamente toma conta dos meus sentidos. Minha visão fica turva, e então tudo desaparece em um desmaio profundo.
Quando finalmente recupero a consciência, minha cabeça dói e minha visão está embaçada. Tento mover as mãos e os pés, mas percebo que estão amarrados com cordas ásperas. A sensação do tecido áspero roçando minha pele me diz que estou deitado no chão. Aos poucos, minha visão clareia, e eu percebo que estou em uma floresta, cercado por árvores altas e sombras densas.
Meu coração acelera quando a realidade do que aconteceu começa a se formar na minha mente. Eu fui capturado por Joaquim e seus capangas. Ele conseguiu me imobilizar e me trouxe para este lugar isolado.
Tento falar, mas percebo que minha boca está tampada com um pedaço de pano. Forço meus pulsos e tornozelos, mas as cordas estão firmes. Observo os arredores, e meu coração afunda quando vejo um grupo de homens parados ao redor, incluindo Joaquim, que me encara com um sorriso sádico.
— Ah, olha só quem decidiu acordar — ele fala em um tom frio e zombeteiro.
Minha respiração está acelerada, minha mente trabalha em velocidade máxima para encontrar uma saída dessa situação. Eu não posso deixar que ele tenha controle sobre mim.
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O Professor - Livro 2
RomanceApós Clara descobrir que o atual namorado de sua mãe é na verdade Eric, seu ex-namorado, ela se vê diante de um grande dilema e precisa decidir se deve confrontá-los ou guardar segredo. Enquanto isso, Dylan retorna à cidade para tentar superar seus...