Segunda opção - Rafe Cameron

Capítulo 56

— Tá, tem mais peixes do que eu pensei.

— Com medo, Maya?

— Estando com você? Jamais, Rafe — Fui irônica.

Sorrimos juntos, segurei com firmeza o celular à prova d 'água do garoto rico enquanto pousamos para nossa primeira selfie sozinhos, enquanto eu mostrava língua mesmo com um sorriso na rosto ele ao meu lado estava sério mesmo que com sua língua pra fora tinha a mesma feição séria e emburrada. Nossos rostos próximos e sendo a única parte de nós visíveis pela câmera.

— Vou mandar pra mim — Falei mudando da câmera para o aplicativo de mensagens — Uau, várias opções e eu sou apenas a Maya (meninas) me sinto ofendida.

— Eu já tinha garotas salvas como Maya, então você era a Maya da Traci e da Emma.

— É isso que eu sou?

— Pelo menos era quando eu salvei o seu contato.

— Me marca quando se declarar pra mim nas suas redes sociais, pode procurar por @ MayaRout, mas você deve encontrar como amor da sua vida.

— Se eu deveria encontrar desse jeito acho melhor não procurar — Deixou claro quando pegou o aparelho telefone de minhas mãos — Vou deixar isso no seco.

Evitando olhar a nudes de Rafe aproveitei os minutos que ele levou se retirando para encarar o céu azul, o dia estava lindo e o sol batia bem daquele lado da ilha.

Me pergunto se temos lugares como esse do outro lado.

— Pra quem tem medo de tubarões, você parece bem à vontade — Ele retornou para o meu lado.

— Só estou pensando, pensando em como um lugar tão bonito pode ainda estar tão bem preservado. Outer banks tem se tornado um balde de lixo flutuante com a chegada dos hotéis e de todos os turistas.

Pensei alto.

— Pra quem não é da ilha, você parece conhecer bem esse lugar.

— Eu venho a um bom tempo, já falei que tenho uma parte próxima da família que vive aqui.

— Até quando você pretende ficar? Até o fim do verão?

Dei um sorriso me virando de frente a ele.

— Já está planejando comprar sua passagem pra partir comigo ou só querendo planejar nossos próximos encontros?

Rafe deu risada passando seus braços por minha cintura levando o meu corpo para perto.

— Sabe, Maya, eu deveria passar mais tempo com você.

Me encarou com seus olhos azuis, uma vez uma autora, que eu gosto, escreveu sobre eles.

Ela dizia que os olhos azuis de água marinha lhe davam medo, porque água quieta eram águas fundas.

E os olhos de Rafe Cameron me trazem a calmaria que talvez apenas eu veja nele e sem conseguir me afastar ainda tenho um pouco de medo de conseguir me afogar.

— Você tem passado muito tempo com a Emma, está ficando louca como ela — Completou piadista me fazendo sorrir.

— E você é a solução para minha loucura?

Rafe afastou os fios que caem, sobre meus ombros e seios, me deixando sem jeito, engoli em seco quando os seus olhos vagaram por meus detalhes arrepiados pelo frio.

— Eu gostaria de tentar.

Passei a língua entre os lábios nervosa.

— Eu gostaria que você tentasse.

Os minutos que se seguiram poderiam ser descritos com altas doses de romantismo, do momento em que Rafe se deitou sobre mim e eu tentei relaxar sobre a grama curta e macia até o momento em que eu parei de desejar que acabasse.

Foi a minha primeira vez, eu queria que tivesse sido bom e prazeroso como nos livros.

Mas mesmo com os detalhes bons como os beijos por meu corpo, o sorriso do Rafe e as novas sensações, eu ainda consigo descrever esse momento como totalmente desconfortável e agoniante.

Mas quando me deitei após um banho quente desejei poder fazer novamente.

Tirei meu celular do carregador observando a única notificação presente nele, sem legenda ou declaração Rafe Cameron em uma marcação passou a fazer parte do meu perfil social.

Junto a inúmeras fotos com as garotas, fotos de quando eu era criança e inúmeras fotos de paisagens, agora havia a presença de um grande nome kook.

— Eu tô muito ferrada — Reclamei em voz alta — Garoto imbecil, não era pra postar de verdade.

— Falando sozinha?— Emma disse aparecendo na porta que deixei aberta sabendo que ela apareceria.

— Com você, não consegui ouvir do outro lado da parede?

— Eu respeito a privacidade das pessoas, por isso vim até aqui pra saber diretamente.

Me sentei na cama sabendo que não teria escapatória.

— Tá, fecha a porta.

— Vou pegar meu travesseiro.

Ouvi o senhor Benneton gritar para que a filha usasse as pantufas como quem pudesse adivinhar que ela estava descalça no meio da noite.

Tenho passado tanto tempo nessa casa que a senhora Benneton foi gentil em me oferecer o quarto de hóspedes para que eu pudesse ficar mais confortável, ou para ganhar mais silêncio, mas ela sabe que não pode evitar que escapemos uma pro quarto da outra para fofocar no meio da noite.

Quando Emma fechou a porta e se jogou sobre a confortável cama de casal, contei a ela sem muitos detalhes o que havia acontecido naquela tarde.

— Eu não gosto muito do Rafe, mas talvez goste de vocês juntos — Falou sorrindo — Kelce e eu não acreditamos quando vimos aquela foto, Rafe não posta mais que fotos conceituais e da família. Acho que as fotos mais descontraídas daquele perfil são culpa da nossa insistência em marcar as fotos que o obrigamos a tirar, dessa vez foi de vontade própria, se ele não está apaixonado não sei o que pode ser.

— Apaixonado? Será?— Sorri nervosa escondendo meu rosto com o travesseiro — Não sei não.

— Já que teve tempo pra rolar toda essa emoção você não deve ter tido um segundo sobrando entre gemidos para contar a verdade.

— Não tive, mas vou contar.

Emma prendeu os cabelos em um coque que começou a se soltar em seguida.

— O noivado da Traci e do Topper é em alguns dias, se não contou até agora não estraga o momento da nossa amiga, vou me arrepender, mas você deveria contar depois.

— Ele vai saber, não se preocupe com isso — Garanti — Esse casamento não era falso ou algo desse tipo?

— Topper está visitando casas, eles viajaram juntos com suas famílias para comprar o enxoval e tem uma costureira em algum lugar da colômbia criando um modelo com ideias da Traci — Suspirou — Se é falso eles se empolgaram.