Capítulo 66

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Eu e o senhor Benneton estávamos na cozinha comendo o saboroso macarrão que levou poucos minutos para ficar pronto após eu comentar que estava com fome.

— Podiam pelo menos avisar que estava pronto — Reclamou Emma se servindo minutos após dizer que não queria.

Puxei minha cadeira mais para o lado dando espaço para ela se sentar próxima a nós.

— Aqui — O senhor Benneton abriu o potinho de queijo colocando algumas colheradas sobre o prato da filha — Maya — Me ofereceu, neguei.

Eu gosto de macarrão com queijo, mas só em dias específicos em que eu quero comer macarrão com queijo.

— Por que eu sinto que sempre vou encontrar todo mundo reunido na cozinha?— A senhora Benneton adentrou o cômodo folheando uma revista — Macarrão às três da tarde? Bom, não importa agora marido, a gente precisa ir à vinícola, não dá pra recebermos convidados contando que eles tragam um bom vinho.

— Está me perguntando se precisamos ou me dizendo que vamos agora?— O homem perguntou terminando sua refeição.

Ela respondeu apenas com um olhar.

— Mamãe a gente vai sair hoje a noite, pra não atrapalhar o jantar de negócios do papai.

— São meninas educadas e bonitinhas que sabem fingir cara de simpática, podem ficar se quiser — Ele garantiu.

— Melhor não, a gente combinou de encontrar o pessoal pra jogar golfe essa noite.

Jogar golfe?

— Tudo bem, se divirtam e nos avisem se foram dormir fora ou chegar após as 23 — Sua mãe disse já se retirando da cozinha.

— Sim senhora — Emma respondeu e acenamos para seu pai enquanto ele seguia a esposa — A gente vai naquela nova boate, com nome de bebida doce.

— É noite de inauguração então com certeza estará lotada, é impossível conseguirmos entrar.

— Já resolvemos isso, um pouco de dinheiro coloca qualquer nome na lista — Ela disse sorrindo animada — A Traci vem buscar a gente às 20 horas, assim a gente não chega tarde demais e nem cedo demais já que é quase uma hora pra chegar até lá.

— Se você tem tanta certeza, deveríamos já começar a escolher uma roupa e eu preciso finalizar o cabelo.

Depois de comer passamos o resto do dia envolvida em nosso próprio mundo preocupadas com unhas pintadas e sobrancelhas feitas, na se passavam das 21 quando nos encaramos no espelho.

Emma vestia uma saia preta de couro e um cropped com o mesmo tecido, além da jaqueta jeans e dos saltos vermelhos.

Minha amiga nunca erra quando o assunto é ser a garota mais estilosa de qualquer ambiente.

Eu vestia uma saia do mesmo tecido (emprestada) e um cropped de tule transparente que além de deixar meus seios mais avantajados deixa minha marquinha de biquíni bem marcada em meus ombros sem nenhum tecido.

Ao contrário dela, não peguei um casaquinho sequer.

— Era pra vir combinando?— Traci perguntou quando nos aproximamos de seu carro.

A Willians vestia uma saia preta em paetê e um cropped metálico soltinho.

— Você está com muito azar por eu ser comprometida, já teria achado uma pretendente insistente pra essa noite — Piscou algumas vezes na minha direção.

— Sorte a minha, seria impossível dar um fora em alguém como você — Brinquei com um sorriso enquanto entramos no veículo.

Traci por ser uma imagem que tem ganhado atenção durante esses dias está decidida a não beber e não dar nenhum vexame, esse é o motivo para ele e Topper serem os motoristas da rodada.

Quando nos aproximamos da entrega ela não precisou nem dizer o seu nome para passar pelo segurança, a filha do prefeito tem seus benefícios.

O de Emma foi encontrado com facilidade.

Mas o meu não estava na lista.

— Procura de novo — Emma exigiu enquanto eu me desculpava com pessoas próximas que esperavam para entrar.

— Não está aqui, não tem nenhuma Maya na lista, nem Maya Routledge nem Maya Booker e nem Maya Benneton, também não tem uma Maya Willians. Simplesmente não tem uma Maya aqui.

— Está aí — Ela pegou a prancheta assustando o homem — Você não está procurando direito.

Ele tomou os papéis de sua mão.

— Pode me deixar fazer o meu trabalho?

— O seu trabalho? Como se estivesse fazendo isso direito, eu mesma enviei o dinheiro para que o nome dela estivesse nessa lista.

O segurança não parecia ter mais que 22 anos e não parecia estar com muita força de vontade para aguentar aquilo.

Tenho certeza que ele faz as contas de quanto ainda deve a cada vez que ela abre a boca para não jogar tudo para o ar e ir embora.

Ele tem cabelos bem escuros com curtos cachos, pele marrom e os olhos em um tom  bonito de mel.

— Chega disso — Traci interviu — Ela está com a gente, o que mais a gente precisa fazer pra você deixar que ela entre?

— Gente, não precisa disso — Garanti — Se ele autorizar vai ter problemas.

— De o seu valor e a gente paga — Emma disse encarando os olhos do rapaz.

— Tá legal, vocês pagaram 500 dólares para ter o nome na lista, por 700 eu finjo que o nome dela estava nesse papel.

Ele sabe jogar, vai logo colocar esse dinheiro no bolso e garantir um mês em uma entrada.

Um Pogue sendo um Pogue e arrancando dinheiro de kooks.

Ela abriu sua bolsinha e contou nota por nota, eu não imaginava que ela tinha a loucura de andar com tanto dinheiro em sua bolsa.

Mas ela pareceu satisfeita quando colocou o dinheiro sobre a mão dele.

— Foi bom fazer negócios com você — Ela garantiu quando passei pela catraca já se distanciando para ver Kelce.

— Foi um ato esperto — Falei ao segurança.

— E fácil — Sorriu — Eu faria de graça pela irmãzinha do John B, mas ela parecia disposta demais a pagar e eu não podia fazer desfeita.

— Justo — Não posso dizer que não foi, se ele tivesse dito um valor mais alto teria recebido e ela ainda sorriria saindo por cima já que pra ela esse dinheiro não faz diferença.

— Se ela for solteira diz pra me ligar — Ele disse um pouco mais alto quando comecei a me afastar me arrancando um sorriso.

Segunda opção - Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora