Capítulo 82

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Meus pés doíam de tanto dançar, minha garganta estaria seca de tanto cantar se não fosse pelo meu copo que esteve cheio a noite toda. Tracie estava radiante naquela noite, contagiando todos a sua volta ela provava o porquê de ser a futura senhora Topper Thornton. Ninguém sabe como dar uma festa melhor do que eles.

Nem mesmo o mau humor de Emma Benneton foi capaz de ficar presente ali, não demorou quase nada pra loira se unir a nós no nosso mundinho.

Pra gente não importa quem está olhando, esbarrando ou soltando cantadas que enlouquecem nossos garotos. Éramos só nós três dançando em círculo, cantando alto na cara uma da outra como se não tivesse um amanhã.

É difícil não amar elas.

Quando o barco voltou ao cais, muitos dos adolescentes estavam molhados tropeçando nos próprios pés e agora enturmados.

Descobri que a maioria fazia parte de um grupo de amigos que vieram passar as férias da universidade aqui, não eram pessoas ruins, só esquisitas.

O dia ainda não havia clareado, não encontrei Sarah então ela não entrou no carro junto comigo e Rafe. Esse estava emburrado, assim como passou boa tarde da noite.

Ele dirigia em silêncio enquanto eu estava inquieta comentando sobre a noite animada.

— Vai mesmo ficar sem me responder?— Perguntei assim que o carro parou na garagem de sua casa.

— E o que você quer que eu diga?

— Não sei, se é pra falar com essa ignorância também não precisa.

— Ótimo — Disse abrindo a porta, me apoiei no banco passando por cima dele pra fechá-la novamente — Você está com ciúmes.

— E daí se eu estiver? Você passou a noite toda agindo como uma vadia com as suas amigas.

— Nossas amigas e eu agi como sempre fiz, inclusive estava fazendo isso quando nos conhecemos. Não é como se não me conhecesse.

— Mas agora é diferente.

— Por que é diferente?

— Por que agora você está comigo, quero que haja como uma vadia quando estamos sozinhos e não pra qualquer outro.

Rafe abaixou seu tom agora, se reencontrou no banco do carro e virou um pouco o pescoço para me dar totalmente sua atenção.

— Para de me chamar de vadia — Pedi, me encostando também no banco do carro mais relaxada.

Ficamos alguns minutos em silêncio, em um clima pesado e não muito favorável, um clima diferente do que tínhamos antes.

Como se fossemos dois estranhos nesse carro.

Soltei o ar pela boca fazendo um som para quebrar o silêncio, fiz isso umas duas ou talvez três vezes antes que Rafe se estressasse.

— Dá pra parar com esse barulho?

— Meu Deus, tudo o que eu faço te irrita, se você não quer que eu esteja aqui é só dizer.

— Tá vendo como você é? Tudo o que eu digo você distorce, parece uma louca.

— Claro, além de vadia eu sou louca.

— E você fez de novo.

Virei o rosto encarando o seu com raiva, ele estava conseguindo me tirar a paciência.

— Você é um idiota, Rafe, um idiota que está me irritando muito agora.

— Isso porque você está bêbada.

— Ah, sim, claro, me desculpe se eu ainda não assisti um tutorial de como ser boa o suficiente pra você Rafe. Desculpa se eu não sei que não posso usar vestido, não sei que não posso dançar ou beber. Eu sou uma vadia louca, você já deveria saber.

Ele acertou a cabeça no volante do carro e fechou os olhos. Observei Rafe respirar em silêncio, depois ele abriu os olhos para encarar os meus e esticou sua mão na minha direção.

Coloquei minha mão junto a sua e o vi depositar um beijo nela.

Apertei meus lábios sentindo vontade de rir, mas não consegui segurar a risada de escapar dos meus lábios, contagiando o garoto que logo começou a rir também.

— Desculpa — Falei tentando parar de rir.

— Foi eu quem te chamei de vadia louca.

— É, verdade — Sorrimos um pro outro voltando a nos encostar no banco do carro que agora voltava a ficar em silêncio. Um silêncio bom e confortável.

— O que você está fazendo?— Rafe perguntou quando me apoiei no encosto de seu banco para colocar um joelho de cada lado de seu quadril.

— Você disse que queria que eu agisse como uma vadia quando estivéssemos sozinhos — Sorri sugestiva, ainda podia sentir o gin em minha corrente sanguínea.

Rafe deu um sorriso ladino e negou com a cabeça antes de colocar suas mãos em minha cintura com força me puxando pra seu colo, com agilidade ele levantou o vestido que eu usava antes mesmo de colocar seus lábios junto aos meus.

Senti sua língua aprofundar o beijo tão rapidamente quando suas mãos apertaram minha bunda me fazendo arfar, seus lábios desceram pelo meu pescoço me deixando arrepiada, gemi próxima ao seu ouvido quando seu dedo me acariciou sobre a calcinha. Virei o olho jogando o pescoço para trás quando ele a colocou de lado.

Um de seus dedos deslizou dentro de mim, gemi alto quando se tornaram dois. Ergue um pouco o quadril para que Rafe se livrasse de sua roupa.

Lambi seus lábios antes de colocar minha língua junto a sua em um movimento que parecia ensaiado de tão sincronizado.

Gemi contra seus lábios sentindo o pau de Rafe na minha entrada, os mordi puxando pra mim quando ele enfiou mais, rebolei vendo-o estremecer enquanto eu o tomava pra mim.

O vidro do carro estava embaçado, e uma gota de suor escorria por minhas costas, mas nada importava. Nada além do som dos nossos corpos colidindo, do som do nosso prazer fazendo vez ou outra o veículo se mexer junto com nossos corpos.

Mas como quando transamos apoiados naquela moto não podíamos demorar muito, por mais que tenhamos passado muito tempo naquele carro, descemos dele vestidos e com os lábios inchados. Além do bem marcado roxo próximo a clavícula do Cameron, enquanto meus cabelos soltos escondem as marcas deixadas por sua selvageria.

O dia já estava claro quando passamos pela porta que dava na cozinha da casa, sentados em volta a uma mesa farta a família Cameron trouxe sua atenção a nós.

Seu pai, madrasta e irmãs fizeram meus passos cessar, Rafe teria passado tranquilamente se eu não tivesse travado.

— Bom dia — Falei sentindo meu rosto queimar de vergonha.

Todos responderam mesmo que estranhando.

Sarah escondeu seu sorriso atrás de uma xícara de café.

Rafe ignorou sua família começando a me puxar para longe dali.

Só voltei a respirar quando a porta de seu quarto foi fechada.

— Acha que eles perceberam? O que a gente estava fazendo cinco minutos atrás?

Rafe começou a tirar a roupa e não me respondeu até se jogar na cama de cueca e olhos fechados.

— A whizzie provavelmente não.
















Gente, acho que esse foi um dos melhores se não o melhor hot que eu já escrevi.
Finalmente tô aprendendo.

Segunda opção - Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora