Capítulo 24

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— Mas que merda você tá fazendo — John B perguntou passando pela porta do escritório — Já falamos sobre isso, não mexe nas coisas dele.

— Cala a boca John B — Esbravejei — Por que não me contou? Por que você não me conta nada?

— Do que você tá falando?

— Sobre Ward Cameron estar com o nosso pai quando ele morreu.

— Ele não tá morto, Maya.

Dei uma risada nervosa.

— Claro que não, ele está de férias pensando  em como vai voltar pra casa e contar pros filhos dele que gastou todas as nossas chances de sair dessa vida merda com um tesouro que não existe.

— O ouro existe, você não enxerga isso porque não consegue ouvir ninguém que diga algo diferente do que você espera ouvir.

— Você está ficando louco, está ficando igual ao big John — Acusei guardando os papéis de volta na gaveta.

John B me impediu de sair colocando o braço esticado em frente a porta.

— Como soube sobre Ward Cameron?

— Não importa.

— Esse homem é perigoso, preciso que fique longe dele e longe de toda essa história — O tom de meu irmão havia mudado, agora John B falava de uma forma suave e protetora como quando me dizia para não pular da canoa de movimento ou para não balançar de pé na rede.

— O que está acontecendo? De verdade, John, sem mentiras.

— Temos investigado há algum tempo, não acho que Ward Cameron matou nosso pai ou então desapareceu com ele — John B olhou pelo vidro do escritório como se pudesse ler no vidro embaçado o que me dizer — Mas ele sabe de alguma coisa.

— Por isso a proximidade repentina com Sarah Cameron? Está tentando arrancar da princesinha kook informações?

— Não, a Sarah não tem nada haver com isso — Ele falhou em conter um sorriso — Ela do é teimosa.

— E você gosta dela, gosta da filha do homem que pode ter matado nosso pai?

— A Sarah não é o pai dela.

— Espero que continue pensando assim quando vierem as confirmações.

— Só não se mete em problemas enquanto eu cuido disso, tá bem?

— Relaxa, vou ficar longe de qualquer coisa relacionada a isso — Dei um sorriso — Até porque eu não vou terminar me perdendo no mar procurando um pai morto e um tesouro invisível.

Dei um tapa no seu braço antes de passar por ele.

— Se me impedir de passar com esse braço novamente eu vou morder ele — Ameacei indo ao meu quarto pegar minha mochila — Vou dormir na Emma hoje, provavelmente na Traci amanhã e vou na festa dos Thornton no dia seguinte. Não sinta saudades.

— Desde quando você foi adotada pelos kooks?

Nós nos encaramos no corredor.

— Desde que você me mandou fazer amigos — Mandei um beijo no ar — Não se meta em problemas, pelo menos não algum fora do normal.

Segunda opção - Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora