O Chalé(Completo)

Marvin e Christine

MARVIN

No caminho do chalé me senti completamente perdido mais uma vez. Não sabia como meu filho ia reagir...será que ia gostar de mim? Será que eu seria um bom pai? Deus que ansiedade e insegurança que essa mulher trouxe para minha vida, mesmo assim olhando-a ao meu lado eu estava feliz, muito feliz e a ficha ainda não caiu PAI, eu sou PAI.

Estacionei meu carro ao lado do dela na entrada do chalé, ela pegou na minha mão e apertou me passando força.

- Marvin sei que você esta confuso, eu sinto isso, não se preocupe Érico é um menino lindo e simpático e amará você, tenho certeza novamente me Perdoe!

Respirei fundo buscando ar que ainda parecia faltar.

- Cris, eu já te perdoei, porque simplesmente amo você, mas ainda estou magoado, você não podia me manter as escuras durante tanto tempo eu fico imaginando você gravida, o nascimento dele...como você pode me deixar fora de tudo isso? Queria muito participar de tudo.

Vi quando começou a escorrer lagrimas dos seus olhos.

- Eu estava quebrada, sai do Brasil a principio para me recuperar, depois o medo me congelou e...e...não saber como você reagiria me tirava o chão, durante muito tempo só tive como foco no meu filho, e mesmo no fundo sabendo que você deveria saber de tudo fui deixando o tempo passar, tive ajuda do meu irmão que acompanhou tudo, me deu forças até no dia do nascimento do Érico, no fundo eu queria você comigo, só não sabia como fazer para voltar no tempo e desfazer toda a merda que eu tinha feito. Ficava imaginando se você gostaria do nome que escolhi, justamente em homenagem ao Éric, ficava imaginando você ao meu lado de mãos dadas e falando com minha barrida. - Ela sorriu tímida em admitir isso.- Mesmo assim fui covarde!

Por mais que eu entendesse continuava magoado, também queria ter passado por essa fase.

- Cris, não podemos apagar o passado, mas eu juro que vou tentar olhar somente para o futuro. - Também apertei sua mão que continuava ali junto a minha firme. - Vamos me apresente ao meu filho. Eu disse já com os olhos cheio de lagrimas.

Quando abrimos a porta do chalé me deparei com um menino lindo de cabelos e olhos da cor dos meus ele se levantou meio sem jeito e foi em direção a mãe dele, estava inseguro porque estava começando a dar os primeiros passos, Christine se adiantou e o pegou em seus braços, vi quando Luisa e Léo se levantaram do chão onde estavam com meu filho, os dois me olharam não disseram nada somente saíram nos deixando sozinhos.

Cris começou a falar com o pequeno.

- Ei meu pequeno príncipe, olha só quem eu trouxe para te conhecer, seu pai...olhe como ele é lindo ..olha como você se parece com ele.

Ainda com nosso filho nos braços ela falava olhando para mim, e inexplicavelmente ele abriu os dois bracinhos pedindo colo para mim, fiquei mais emocionado do que já estava, enxuguei meu rosto com as mãos e peguei meu filho pela primeira vez em meus braços.

Foi a maior emoção que eu tive em anos, senti o cheiro de bebe, olhei para seu rostinho rechonchudo, suas mãozinhas puxando meu cabelo, que sensação unica na vida, eu amei aquele ser na hora, e sabia que entregaria minha vida se fosse preciso por ele.

Apesar de saber que ele não entendia muita coisa comecei a falar.

- Ei garotão, como você é lindo, eu sou seu pai, e a partir de hoje você nunca mais sairá do meu lado, sabe porque garotão? Porque eu já te amo.

Olhei de lado e vi que Cris continuava emocionada e em lagrimas, mesmo assim abriu um sorrido enorme para mim.

Fiquei ali embasbacado com aquele menino alheio a tudo mas feliz por estar em meu colo, me senti o mais feliz dos mortais. Mais alguns minutos ele já pedia para ir ao colo da mãe grunhindo palavras que dava a entender mã..mã... e outros sons que eu não tinha ideia.