A Cachoeira

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CHRISTINE

Eu sabia que alguma coisa estava tocando, mas parecida longe, muito longe, aos poucos fui acordando e quando percebi dei um pulo da cama era a campainha!

Merda! Justo agora que eu achei que ia dormir o dia inteiro.

Desci as escadas devagar e num impulso gritei lá de dentro:

- Espere, ninguém vai tirar o pai da forca!

Quando abri a porta era ele.

- Ah, oi, não esperava você aqui, que horas são?

Ele sorriu com um ar brincalhão me medindo pelos pés e terminando na minha boca.

- Bom dia pra você também querida! Olhando para o relógio ele falou - Já é oito e meia da manhã.

Einh? Querida, desde quando? Mas eu gostei disso.

- Entre Marvin vou fazer um café! Puxa achei que fosse mais cedo, não dormi bem essa noite.

- Não vou entrar, eu espero aqui fora já tomei café, eh... Além do mais acho melhor você se vestir, vamos sair.

Puta que pariu! Eu estava apenas de calcinha e camiseta, havia esquecido completamente quando sai correndo da cama.

- Oh! Um minuto já volto! Já volto..vou me jogar da janela! Cris sua imbecil.

Com um sorriso mais encantador ele deu um passo para trás e rindo falou:

- Claro, eu espero uma eternidade se preciso for.

Enquanto eu me trocava fiquei pensando no homem que estava lá em baixo, ele era lindo isso eu já sabia, ele era bom ouvinte isso também eu sabia, pois EU falava demais, ele era misterioso e isso eu não sabia como conduzir, por outro lado esse mistério me atraia de um jeito bom.

Eu não sabia aonde nós iríamos então fui até a janela que dava para frente do quintal e gritei:

- Ei, Marvin que roupa devo colocar para o passeio?

Ele olhou para cima com um sorriso de derreter minha calcinha.

- Uma roupa leve e biquíni por baixo! Vamos à cachoeira.

Seguindo suas instruções coloquei o biquíni e por cima um vestido de verão, peguei uma bolsa com uma toalha e protetor solar, não conhecia essa cachoeira, mas já ouvira falar.

-Pronta, vamos?

- Primeiro as damas. Falando isso ele abriu a porta do carro para mim, nossa que homem com H.

- Você vai adorar esse lugar Christine, e não se preocupe com o seu café, eu já providenciei tudo.

- Okey, se você tem tudo sob controle confio em você!

- Confia?

- Claro! Afinal sei onde você mora.

Rindo ele respondeu:

- Você sabe onde eu moro, mas não me conhece, como pode confiar que a minha surpresa será aprovada?

- Não posso, mas algo me diz que eu vou gostar.

- Sim, você vai!

Continuamos conversando pelo caminho enquanto o carro seguia devagar por ruas pequenas de terra, algumas curvas subidas e descidas após meia hora chegamos ao local e o que eu vi não tinha como descrever em palavras, era lindo.

Olhando para cima eu avaliei que a queda era de mais ou menos uns seis metros, e acabava em um lago com água transparente onde eu avistava muitos peixes em diversas cores, ao redor do lago algumas pedras e uma entrada que formava uma pequena prainha era um cenário digno de filmes e pinturas, mas a surpresa foi ainda maior quando eu olhei no final dessa prainha em baixo da árvore gigante uma lida toalha estendida e uma cesta.

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