Capítulo 23

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Arthur LeBlanc

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O dia passou rapidamente, assim como a viagem de volta para a cidade.

Depois de algumas horas de viagem, havíamos finalmente chegado em casa.

A casa que os meus pais compraram e mandaram reformar nós ultimos dias para mim e para Agnes. Eles nos deram ela, como um presente de casamento atrasado, apesar de já ter nos dado outro, anteriormente.

Quando me casei, pensei que ficar na mansão da família LeBlanc, seria o mais ideal, já que o meu plano original era fazer da vida da minha querida esposa um inferno.

Mas, devido aos acontecimentos das últimas semanas, eu preferir vim o mais rápido possível para a casa, afinal um homem precisa ter a sua privacidade e a da sua esposa.

— Os seus pais não pouparam esforços mesmo, com a mobília da casa. — Mandaram até mesmo colocarem um elevador.

Estamos na sala de jantar, esperando o jantar ser servido.

Como estamos de volta a cidade, Silas, achou melhor ir para a sua residência e voltar apenas no horário marcado.

Eu de certa forma agradeço por isso, ele até pode ser um profissional, muito bom na área de trabalho que atua, mas ter mais de uma hora de conversa com ele, pode ser bem cansativo.

— Eles queriam que eu tivesse acesso a todo espaço da casa, mesmo estando nesta maldita cadeira de rodas.

— Bem, eu meio que achei desnecessário tudo isso, já que você vai voltar a andar logo, logo.

— Otimismo seu achar isso...

— Não é que eu estou sendo otimista, é que, é a mais pura verdade. Você tem bons reflexos e as reações que os seus músculos das pernas tiveram durante os últimos dias foram ótimos.

Ela continua.

— Eu acho, que o motivo de você não ter tido sinais de melhora antes, foi psicológico.

— Como assim? — Está dizendo que o motivo de eu não ter conseguido ter alguma melhora nos resultados, foi porque eu estava de mal com o mundo?

— Isso mesmo.

— Besteira, isso não seria possível.

— Não apenas seria possível, como é. — Você estava frustrado e magoado com a rejeição da minha irmã, começou a afastar tudo e todos de você, ficando em seu mundinho de amargura, afastando qualquer possibilidade de melhora.

Até tento contraria-la, mas, no fim eu apenas aceito, pois, sei que ela está falando a verdade.

— Não vai dizer que estou enganada?

Ela pergunta parecendo surpresa por eu não ter falado a respeito.

— Não é necessário, você está certa.

— Está dizendo que eu estou certa?

— Sim, porquê tanto espanto mulher?

— Por nada, apenas surpresa por você ter concordado.

— Eu ter concordado com isso, não significa que vai ser o fim do mundo.

— Bem, agora eu sei disso...

Ela fala, parecendo ainda um pouco abismada.

— Meu Deus! Agnes, não precisa ficar tão surpresa com isso, eu sei que afastei todo o mundo e de certa forma fiquei em um estado de negação, mas, já passou e agora eu estou bem.

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