Capítulo 38

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Agnes LeBlanc


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Acordo com o som irritante de pingos de água, caindo no chão. Os meus braços estavam dormentes, o meu corpo pesado, os meus joelhos doloridos e a minha garganta seca.

Estou de joelhos no piso de concreto, enquanto as minhas mãos e braços, estão amarradas e presas com uma corrente enorme e barulhenta, a corrente mantinh a parte de cima do meu corpo suspenso.

Olho em volta e percebo que estou em algum tipo de galpão, o lugar é escuro e úmido, sem falar no cheiro horrível de algo podre, que me causava náuseas.

Tento me levantar, mas as minhas pernas também estavam dormentes. Então, tentei gritar por ajuda, mas a minha garota estava seca demais para isso, parecia até que eu não bebia água a um século.

" Espera... A quanto tempo eu estou aqui? A quanto tempo eu fiquei apagado?"

Pergunto a mim mesma, em minha mente.

Começo a me lembrar dos acontecimentos anteriores, dos corpos dos meus seguranças ensanguentados, dos caras que nos abordaram, da Miranda, dizendo que não queria morrer, dela gritando o meu nome. Tudo vem de uma vez, como uma rajada de luz, em meio a escuridão.

Começo a olhar em volta novamente, dessa vez um pouco mais desesperada que antes. Olho todo, e não a vejo, não vejo Miranda.

" Será que a mataram?  NÃO! Deus Não... A Miranda, não..."

Sou arrancada dos meus pensamentos, quando ouço um enorme barulho, seguido de passos vindo em minha direção.

Fecho os meus olhos e fico imóvel, enquanto tento controlar a minha respiração, para que pensem que ainda estou desmaiada.

Consigo ouvir o som de saltos se chocando contra o piso de concreto.

A mulher fala e no mesmo instante reconheço a sua voz, seria difícil não reconhecer, já que passei anos a escutando.

— Mas, que bela visão!

" Leonor..."

Alguém vem até mim e levanta a minha cabeça que estava baixa, como um cacho de bananeira. Ele retira a mão do meu queixo, e logo em seguida deixa que a minha cabeça caia e fique na mesma posição que antes.

— Ela ainda está desacordada?

O homem que estava perto de mim, fala que sim.

— Meu Deus! vocês deram o que para ela? — Eu não disse, que queria ele acordada quando eu chegasse?

Leonor, fala em um tom de irá.

— Usamos um pouco de Clorofórmio para ajudá-la a dormir.

O homem fala.

— Quanto vocês usaram do líquido?

— Apenas o bastante para fazê-la adormecer, senhora.

— Bem, seria bom que essa sonsa morresse, mas não quero que morra, antes de assinar o divórcio.

A maneira como o homem fala, de forma cautelosa com ela, é totalmente irritante, e a forma como ela fala sobre a minha vida, me dá vontade de empurrá-la de cima de uma ponte e...

" Espera! Clorofórmio?".

Até a onde eu sei, o clorofórmio é um líquido, usado como solvente em vários produtos.
Se a inalação do líquido não for feita com cuidado, pode anestesiar a língua que se retrai e obstrui as vias respiratórias, e o resultado disso poderia ser fatal! Além do mais, o clorofórmio atinge níveis tóxicos muito rapidamente, e em caso de overdose gera náuseas, vômitos, hipertermia, dificuldades respiratórias, coma por insuficiência hepática ou inclusive a morte por parada cardíaca.

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