Capítulo 29

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Arthur LeBlanc


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Vinte e quatro horas antes da Leonor, ir ver a Agnes:

É estranhamente engraçado como sempre há um tipo de demônio que ressurgi do quinto dos infernos, para atazanar a vida de uma pessoa, quando ela está verdadeiramente feliz.

E o pior momento do meu dia, foi saber que o meu, tinha acabado de voltar, na verdade, estive cara a cara com ele a poucos segundos.

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— Mas, que merda foi essa pai?

Pergunto irritado, por ter encontrado Leonor e o Fernando, no escritório de meu pai, a segundos atrás.

— O que diabos aquela mulher estava fazendo aqui? — Ainda mais com aquela barriga?

Continuo.

— Não vai me dizer que ela veio aqui para dar o golpe da barriga?

— Cala a boca e senta a aí Arthur.

O observo e pelo que vejo, a merda parece ser grande, preferindo não colocar lenha na fogueira, me sento e olha para ele. Em seguida ele estende a mão para mim, segurando alguns papéis.

— Olha.

Olho os papéis e assim que meus olhos param na maldita palavra "Divórcio", meu sangue começa a ferver.

— Porque essa merda?!

Falo irritado.

— Eles querem que você se divorcie da Agnes.

— Mas que merda! — Porque diabos eu me divorciaria da minha esposa?

— Porque o nosso subchefe e ambos os capos, querem assim.

Cerro os meu punhos, tentando controlar a raiva que estava crescendo dentro de mim.

— O Fernando é o nosso Subchefe, não foi ele que insistiu que continuássemos com o casamento, mesmo que fosse com a filha diferente?

— Sim, mas, ouve um problema,  problema do qual nem ele e nem eu, nos atentamos, e agora os capos já sabem e se posicionaram sobre a questão.

— Mas o que? — Que erro foi esse?

Pergunto confuso.

— No acordo que o seu avô, fez com o pai da Edna. Foi que uma filha dela e do Fernando, se casasse com um filho meu e da sua mãe.

— Sim, e o que tem de errado nisso? eu estou casado com a Agnes.

— Você não se lembra disso, porque tinha apenas quatro anos de idade, mas...

Ele faz uma pausa, que mais parece uma eternidade.

No fim, ele solta um suspiro pesado e coça a cabeça, antes de disparar:

— Bem... Em poucas palavras, a Agnes, é uma bastarda.

Não pude conter a queda do meu queixo, em poucas palavras, fiquei tão surpreso, que fiquei alguns segundos, tentando raciocinar.

— Como? — Ela não é filha do Fernando?

Meu pai balança a cabeça em negação.

— Não, ela é filha do Fernando, mas não é da Edna.

Me ajeito na cadeira de couro, ainda surpreso com o fato de ela não ser filha da Edna.

— Pera, se ela não é filha da Edna, de quem ela é filha?

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