Capítulo 44

12.1K 661 9
                                    

Ultimamente a minha libido está a mil, os desejos de comer comida exóticas só aumentam e as ânsias e vômitos pela manhã, estão se tornando mais frequentes na minha rotina matinal.

Qualquer mulher que aparenta ter todos esses sintomas, é óbvio que está grávida. Pela lógica e pelo meu atraso menstrual, é óbvio que eu estou grávida. Mas, por algum motivo eu venho adiando a conclusão final.

O que é bem tolo da minha parte, já que eu estou nesse exato momento deitada na minha cama, parecendo um "preguiça" de tão lerda e sonolenta que estou, enquanto como uma tigela cheia de azeitonas com mel, mostarda e muita, muita pimenta.

Os meus seios estão maiores, a minha pele mais hidratada e o meu cabelo está horrível de brilhante e lindo. Sempre ouvir dizer que a mulher fica ainda mais linda quando está grávida, e agora estou vendo que é verdade. Apesar de nunca ter feito o teste de gravidez ou o exame.

Coloco uma colherada daquela mistura estranha que eu estava comendo como se fosse o manjar dos deuses, na boca, saboreando bem o sabor.

Eu só poderia estar grávida mesmo, era a única explicação plausível. Eu nunca comeria aquela mistura estranha, se não estivesse, ainda mais quando eu odeio azeitona.

Coloco outra colherada na boca e depois de alguns segundos solto um suspiro de frustração.

— Sinceramente... Não dá mais para continuar assim!

Eu passei os últimos dias me perguntando se estava ou não grávida. Eu gosto muito de crianças, mas tenho medo de não conseguir ser uma ótima mãe.

Foi por isso que estive adiando fazer o teste, para não  descobrir o resultado final, tenho medo em acabar sendo igual a Edna. Eu não maltrataria o meu bebê, nunca, mas...

" Sem nada de "mas". — Eu tenho que fazer logo esse teste, a ansiedade já está me matando!"

Coloco a tigela em cima da mesinha de cabeceira e me levando da cama. Corro para o banheiro e tomo um banho rápido.

Eram três da tarde, se eu fosse rápida o bastante, eu conseguiria descobrir antes do Arthur, voltar da empresa.

Sai do banho e coloquei uma roupa confortável, arrumei o meu cabelo e sai em direção a farmácia mais próxima de casa.

Vinte minutos depois, eu já havia voltado e estava parada em pé no meu quarto, segurando duas caixas de teste de gravidez. Ansiosa para fazer o teste e, ao mesmo tempo nervosa com o resultado.

— E se eu não estiver grávida?

" Não, não, não... Não é possível,  todos os sintomas indicam que estou grávida. "

Pego a sacola com os teste e vou para o banheiro, assim que entro no local, fecho a porta e paço a chave por dentro.

Olho novamente as caixas, sentindo o meu estômago revirar. O nervosismo estava tomando conta de mim.

" Talvez... seja melhor eu não fazer..."

Começo a andar de um lado para o outro, pensando no que seria melhor para me manter mais calma.

" Não! Eu tenho que fazer, eu irei fazer esse teste e seria uma ótima mãe, se eu estiver realmente grávida!"

Paro de andar, igual uma louca pelo banheiro e, coloco as caixas em cima bancada. Abro uma por uma e leio com atenção o que dizia no manual.

Assim que terminei, passei para a prática. Me posicionei no vaso, com as calças abaixadas e fiz o que tinha que fazer, em ambos os testes.

Me levantei e subi as calças, quando terminei. Coloquei os testes em cima da bancada e lavei as mãos, antes de voltar a andar de um lado para o outro, feito uma doida novamente.

Parecia que o tempo havia parado, olho para o meu celular e vejo que só se passou um minuto desde então.

Continuo a andar de um lado para o outro, tentando-me manter o mais calma possível.

" Se eu estiver grávida, Arthur, ficará louco."

Lembro-me que teve um dia que ele deitou na cama, com a cabeça em cima da minha barriga nua, e começou a conversar com as ascaris dentro da minha barriga.

Ele dizia que um dia colocaria vários bebês ali dentro e começaríamos uma nova jornada. Ele disse sorrindo, que só iríamos parar de ter bebês, depois que tivéssemos formados um time de basquete, a nossa própria equipe de basquete.

Comecei a sorrir com a lembrança, daquela dia e dos momentos fofos que tivemos juntos. Arthur, seria um pai perfeito, sem sombras de dúvidas.

Sou arrancada com dos meus pensamentos, com o alarme do meu celular tocando, avisando que já havia se passado os cinco minutos que precisava para sair o resultado.

Desligo o alarme, e caminho até a bancada, fecho os meus olhos por um momento, antes de olhar para os testes. Me perguntando se não seria melhor eu descobri mais a frente.

Mas, porque eu esperaria? Eu já havia esperado tempo demais, e agora já era tarde para voltar atrás, eu precisava realmente saber.

Abri lá meus olhos e olhei para os dois testes ao mesmo tempo, um ao lado do outro.

Levei uma mão até a minha boca e a tampei, suprimindo um grito, quando olhei os resultados.

— Ah! Meu Deus.... Deu Positivo!

Levo uma mão até a minha barriga e a acaricio.

" Positivo... Deu Positivo..."

Antes de olhar o teste eu estava tão nervosa e receiosa com os resultados. Mas, quando olhei os dois pontos vermelhos em ambos os testes, o meu coração pulou de felicidade em meu peito.

Faço carinho na minha barriga.

— Tem um pequeno grão de feijão aqui dentro...

" Um bebê... Meu bebê..."

Os meus olhos começam a se encherem de água, e segundos depois começo a chorar e sorrir de felicidade.

A felicidade que senti naquele momento foi tão grande, que quase não coube dentro do meu peito.

Mesmo receiosa no começo, eu fiquei extremamente feliz de saber que tem uma pequena vida crescendo dentro de mim.

— Arthur, vai pirar quando eu contar a ele.

Eu poderia apostar que ele iria querer conversar com bebê vinte e quatro horas por dia.

Bem, ele praticamente fazia isso, mesmo antes de saber que havia um bebê ali dentro e, quando souber, vai fazer questão de estar sempre com a cabelo encostada na minha barriga, conversando com o nosso pequeno mundinho.

Minha Querida Esposa Onde histórias criam vida. Descubra agora