Capítulo 26

16.6K 881 87
                                    

Agnes LeBlanc

𝕵𝕵𝕵

Pisco algumas vezes, tentando de alguma forma, ver se o que eu estava vendo era real ou apenas um sonho.

Já fazia três meses desde que eu havia visto a minha irmã pela última vez, antes dela desaparecer da face da terra.

Passeio os meus olhos pelo seu rosto, ainda sem acreditar que era realmente ela.

Leonor Continuava exatamente igual à imagem que estava em minha memória. Mas, algo estava diferente.

Desço o meu olhar mais um pouco, parando no enorme volume, na região de sua barriga.

Ela estava grávida?

— Voc... Você está...

Aponto para a barriga dela, ela me olha e sorrir, de uma maneira que eu não sei descrever se é tristeza ou felicidade, deboche ou angústia.

— Sim, eu estou grávida irmã.

Leonor, coloca a mão em sua barriga e a acaricia, deixando mais evidente ainda o tamanho dela.

Não tenho nenhuma experiência em relação a isso, mas, posso supor pelo tamanho de sua barriga, que ela está entre o quinto e o sétimo mês.

Nesse momento parece que há uma chuva de meteoros caindo bem em cima da minha cabeça, até mesmo posso ouvir as engrenagens do meu cérebro começando a trabalhar. E a única coisa que eu pensei, logo que me dei conta  da sua presença, foi que havia grande chances do Arthur, ser o pai.

Extasiadas com todas as informações que minha mente estava processando, não conseguir falar absolutamente nada, apenas olhar para ela, ainda incrédula.

— Agnes, ele está aí?

Balanço a cabeça que sim, sabendo exatamente a quem, ela estava se referindo.

— Será que podemos conversar em outro lugar?

Ela continua.

— Sei que tem muitas coisas, que você tem interesse em saber.

Balanço a cabeça que sim.

— Sim, claro...

— Então, eu estou indo para esse lugar agora.

Ela estende a mão para mim e me entrega um papel, o abro e vejo o endereço e o nome de uma cafeteria a cinco quadras daqui.

— Tudo bem...

Dobro o pedaço de papel e guardo no bolso da minha calça.

— Você pode ir indo na frente? — Eu vou subir e pegar as... minhas coisas.

Falo sentido um nó na minha garganta, com medo do que ela iria me contar, nervosa por ela ter voltado, angustiada por saber que eu o amor e triste por pensar que ele ainda pode amá-la.

— Claro que sim... Bem, eu vou indo, até daqui a pouco irmã.

Ela sorrir para mim, antes de si, virar e sair andando na direção da cafeteria, me deixando extasiada no mesmo lugar.

𝕵𝕵𝕵

Permaneço no mesmo lugar por mais alguns segundos, tentando recuperar o meu fôlego.

A volta da minha irmã, era algo maravilhoso, mas, isso me deixou angústiada e inquieta.

Dei meia volta e voltei para dentro de cada, indo direto para o quarto. Quando entrei, podia ouvir o som da água do chuveiro caindo, Arthur, ainda estava no banho, e isso era realmente bom.

Minha Querida Esposa Onde histórias criam vida. Descubra agora