Capítulo 12

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Arthur LeBlanc

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O sentimento novo que me sucumbiu, lá na cachoeira, quando eu estava com Agnes, nos braços. Foi de longe o sentimento mais puro e pecaminoso que eu já senti em toda a minha vida.

Puro, porque eu não tive coragem o suficiente para submetê-la ao meu desejo, mesmo querendo tomá-la para mim, achei que ela merecia algo a mais, que uma pessoa como eu não poderia lhe oferecer.

Pecaminoso, pois mesmo achando que ela merecia mais, os meus pensamentos indecentes me faziam querer tocá-la ali mesmo, apenas para ver o desejo em seus olhos, o seu lindo rosto ruborizado e os seus gemidos de excitação, enquanto ela estremecia sobre o meu corpo.

Diferente da irmã, Agnes, é inocente, apesar das mudanças de temperamento.

As vezes ele parece um pinscherzinho raivoso, em alguns momentos uma coelhinha fofa, e em outros, uma raposa astuta.

E isso era o que estava me atraindo nela.

Era fascinante, ver o quão inocente ela parecia ser, quando vivia nesse nosso mundo.

Mas, devido as nossas vidas duplas, eu não poderia ter certeza se quem está comigo, é o seu verdadeiro "eu", ou apenas um personagem.

Bem... parando para pensar, eu nunca fiquei sabendo de nada sobre a Agnes, antes.

Nada que esteja relacionado a máfia, é claro.

Leonnor, sempre se envolveu nos assuntos secretos das nossas famílias, ela sempre amou esse lado.

Ela adorava a adrenalina e via cada trabalho sujo, como uma aventura apaixonante. Esses foi um dos motivos pelos quais, fiquei completamente louco por ela.

Teríamos sido um casal tão perfeito o poderoso, se aquela cobra não tivesse me abandonado, quando eu mais precisei dela.

Mas, tudo o que vivemos, agora ficou no passado.

Agora estou casado com a Agnes, e estarei ao seu lado por muito tempo. Graças ao contrato que ambas as famílias, assinaram antes mesmo de nascermos.

Não é como se eu odiasse isso, eu até mesmo gosto de brincar com ela, e ultimamente estou me sentindo bastante atraindo por ela.

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Sabendo o local da casa preferido da Agnes, depois do quarto. Vou para a biblioteca na esperança de vê-la, e como sempre a encontro lá.

— Me pergunto se eu devo mandar reformar essa velha biblioteca, para ser o seu mais novo quarto, já que você vive dormindo aqui.

Ela se vira para mim e sorrir, enquanto fecha o livro que estava lendo.

— Seria uma boa opção, já que você praticamente tomou de conta do meu quarto.

— Ah, não exagere, eu apenas coloquei algumas roupas minhas no seu guarda-roupa.

— É impressionante, que tenha escolhido logo o meu, para guardar as suas coisas. Sendo que você pode modificar a casa  praticamente intereira, para formar um closet só para você.

— Isso seria muito extravagante da minha parte.

— Falou o “playboy” mais rico e extravagante de Chicago.

— "Ex playboy", agora sou um homem casado.

Ela sorrir novamente, e reabre o livro, que pelo que parece ser é um dos livros de contabilidade  do meu pai.

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