Dias haviam se passado desde que Chapa tinha acordado. Muitos dias. Exatamente mais cento e vinte. Toda aquela história já estava durando oito meses.
No dia em que ela acordou, mais pra noite, depois da conversa de Bose e Chapa, os outros amigos foram a visitar. Ela foi muito atenciosa, mas continuou não se lembrando, até mesmo se desculpou por isso.
Além dos dangers, Célia também foi visitá-la, tinha um carinho especial pela nora. Foi constantemente interrompida, porque estava sempre prestes a falar algo sobre o namoro.A danger vermelha pode voltar pro ninho do man quinze dias após acordar, mas tinha consultas semanais, fisioterapia e psicólogo, além do neurologista a cada quinzena
A fisioterapeuta tinha sido trocada e agora era um cara chamado Colin. Era novo, tinha se formado antes do tempo e era super simpático. Simpático até demais, de um jeito que fazia Bose revirar os olhos.
Eles continuavam proibidos de falar coisas muito intensas pra ela, então o namoro dela e a danger force, não tinham sido revelados. O namoro tinham-na carga emocional muito forte, e a confusão de lembrar tudo tão rápido assim, podia ser preocupante.
E isso machucava Bose por dentro.
Mas obviamente, ele continuou acompanhando ela em tudo e havia se tornado o melhor amigo da nova Chapa. Essa era mais calma, mais doce. Era até meio estranho, olhar pra ela, procurar aquele olhar raivoso ou apaixonado e não achar.
Eles tentavam a levar em lugares que ela gostava anteriormente, porque isso podia ajudar.No segundo mês, mais uma vez, estavam em pé de guerra com os pais da morena. Eles queriam a levar pra se recuperar em Seattle, mas não deixaram. Esse assunto sempre vinha a tona e ficava cada vez mais chato. Parecia que eles estavam ignorando tudo que o genro vinha fazendo todo esse tempo. O que fez mesmo eles deixarem Chapa, foi o conselho do psicólogo sobre mantê-la onde era seu lar antes do acidente.
Bose ignorava tudo que o machucava, pra poder olhar pra ela, com aquele fio de esperança. Além de estar se apaixonando também pela nova Chapa.
Estava ensinando ela a tocar violão, já que ela também não lembrava disso. Ensinou músicas que ela sempre cantava pra ele, músicas que ela gostava e novas músicas que lembravam ela. Engraçado como anos antes, ela quem era a professora.
Todos também estavam ativos na recuperação da garota, ajudando com o que podiam.No terceiro mês, já estava mais complicado de entender porque ela ainda não tinha se lembrado.
Bose adorava ser o melhor amigo dela, mas sentia uma falta imensa de antes, de quando eram namorados e da antiga Chapa.
Samanta era quem mais conversava com ele sobre não perder a fé em Chapa, na antiga Chapa, porque em algum cantinho daquela nova, estava guardada a antiga. E a recuperação podia ser longa, tinha todo um processo e tinham que confiar nelaMas um dia, em meio a uma consulta, o médico disse que era bom começar a considerar o fato de que Chapa podia definitivamente não se lembrar.
E não bastando o baque dessa frase, outra veio no mesmo dia.Chapa: Ok, eu tenho algo pra contar. - Eles estavam no ninho do man, Chapa estava com a cabeça deitada no colo de Bose, olhando as unhas. - Eu tenho um encontro.
Todos os olhares que deviam se virar pra Chapa, se viraram pra Bose. Que perdeu todos os sentidos.
A mais nova franziu o cenho, desviando o olhar pra Bose, que a olhou. Ambos confusos.Samanta: Com quem você tem um encontro? - Alguém finalmente perguntou. Bose engoliu em seco, temendo.
Chapa: Colin. - Se sentou devagar, ainda olhando confusa. Bose sentiu um frio na espinha, morria de ciúmes de Colin, e agora sabia que não era atoa.
Nina: O seu terapeuta? - Franziu o cenho. - Quando isso aconteceu?
Chapa: Eu não sei. Mas ele é um cara legal, me chamou pra um encontro e eu aceitei. - Sorriu. Samanta fez uma cara de nojo.
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Oneshots Bapa - Bose e Chapa
RomanceCompilados de Oneshot Bapa - pequenas histórias de Bose e Chapa da Força Danger.