Oneshots Bapa - Bose e Chapa

The Forty Bet. - Parte 6.

Chapa: Bo-Bose? - Levantou as sobrancelhas. - Você não avisou que vinha.

Atrás dela, apareceu apenas a cabeça de Sam se inclinando. Ela fez um joia com a mão e piscou pra ele.

Sam: Caraca, você pegou as trouxinhas e veio mesmo, não é? - Sorriu. - Vou deixar vocês a sós.

Sam desapareceu no corredor que dava pros quartos.

Bose: Antes que você diga eu não vou embora. Eu também me recuso a não te ajudar. E aliás, você achou mesmo que eu não fosse descobrir? Eu ia vir visitar você pelo menos umas sete vezes no mês, então até onde achou que conseguiria esconder? Achou mesmo que ia se mudar pra cá, me deixar pra trás e criar um bebê sozinha? Chapa, você não sabe pedir ajuda, mas eu te conheço. E você sabe, eu nunca te deixaria passar por nada assim sem mim. Não importa o que você diga... Quando nessa vida a gente não foi um pelo outro? Porque dessa vez seria diferente? - Ele estava falando muito, muito rápido.

Bose olhou pra Chapa, pros olhos dela. Não estava com medo de nada anteriormente, mas vê-la lhe trouxe alívio pro coração. Talvez ele estivesse mesmo esperando um motivo pra ir ficar com ela.
Ele só queria ficar ali, só queria estar com ela, ajudar dela. Tudo que ele queria, era ficar.
E viu no olhar dela, que ela queria muito que ele ficasse. Mesmo que ela não dissesse em palavras, soube que ela estava assustada com a situação e aliviada por ele estar ali.

Então Chapa parou pra reparar no livro que estava na mão dele. Era um livro sobre gravidez e bebês.
Ali estava Bose, não estava bravo e estava deixando claro que não ia deixá-la. Ali estava Bose, deixando claro que seriam eles pra sempre. Os olhos dela se encheram de lágrimas e então ela pulou nele, o abraçando.
Bose a levantou um pouco, a abraçando de volta, mas não a apertando muito.

Chapa: Sam me fez ver que era besteira, mas precisava de um jeito de te contar. Ia te mandar uma foto da ultrassom com um bilhete, mas você foi mais rápido. - Disse ainda no abraço. - Obrigada por vir.

Bose: Você não teria vindo sozinha se eu soubesse. Sabe que eu nunca deixaria. - Deu um beijo no topo da cabeça dela e sentiu ela afirmar.

Ficaram um tempo ali abraçados, até que finalmente se soltaram e então ele sorriu pra ela. Mal podia acreditar. Chapa teria um bebê, logo logo estaria com uma barriga enorme.

Bose: Você pode me mostrar a ultrassom pessoalmente agora.

Chapa: Ah. - Desanimou. - Ainda não fiz, vou fazer em uma hora. - Ele abriu a boca e em seguida o sorriso voltou a tomar conta do rosto dele.

Bose: Eu vou com você! - Ela levantou as sobrancelhas. Afirmou freneticamente com a cabeça. Ela jamais diria que não.

Ele entrou, colocou as malas na sala e olhou em volta. Havia passado a noite no avião e não dormiu, lendo o livro. Bose não gostava de livros que não fossem de psicologia e significava muito pra ela, ele já estar se dedicando ao assunto. Não estavam nem mesmo se importando com o caso de que o apartamento tinha apenas dois quartos. Era definitivo, Bose moraria ali com elas.

Chapa trocou de roupa, colocando algo mais apropriada pra rua do que a blusa dele e um short de pijama. Pegaram o carro de Sam pra ir até o médico, Chapa ainda não tinha feito sua primeira ultrassom, estava ansiosa. Bose lhe comprou um chocolate no restaurante ao lado do centro clínico, porque leu que os bebês ficavam agitados e aí eles poderiam ver o bebê mexendo.

Subiram animados, com o coração disparado pela ansiedade. Por sorte, não tinha paciente algum na frente, então ela foi chamada assim que chegaram.

Doutor: Bom dia, senhora de Silva. Posso chamá-la de senhora mesmo? - Ela negou com a cabeça, não conseguia tirar o sorriso do rosto.