The Proposal - Parte 2.

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Bose: Espera ai... - Olhou em volta, com o cenho franzido. - É algum tipo de pegadinha ou algo assim? Tenho a impressão que me fez uma pergunta que é impossível de ser feita á mim por você.

Chapa: O que você ouviu, O'Brien? - Ela uniu as mãos em cima da mesa. Já estava começando a ficar impaciente, queria uma resposta direta e clara. Naquele dia tinha uma reunião e por isso estava dentro de saia e saltos, o que dificultava mais ainda que ela tivesse paciência.

Bose: A senhorita me perguntando quanto quero pra que se case comigo. - Ela suspirou, levantando as sobrancelhas. Era um sinal claro de que ela não estava compreendendo a surpresa dele. Ele a conhecia bem demais, inclusive suas expressões faciais. Sacou que ela não estava brincando e estava com pressa pela resposta dele. - Ah, eu ouvi certo. Me desculpe senho... Chapa - Corrigiu. - Me desculpe, Chapa... Mas não é algo comum de se ouvir da sua chefe. Excepcionalmente de você, se me permite dizer. Aliás, isso meio que é um pedido de casamento, só que não convencional... E não é todo dia que alguém te pede em casamento.

Chapa: Excepcionalmente de mim, que sou uma megera carrancuda, não é? - Debochou. Ele arregalou os olhos. Aquele era o apelido dela na empresa. Ele também a chamava assim as vezes. - Ficaria ainda mais surpreso com tudo que ouço de quem quer seu cargo e seu salário. E você ainda não respondeu minha pergunta.

Bose: Desculpe, mas é difícil responder algo assim. Casamentos costumam acontecer entre casais que já namoram á algum tempo e a senhora mal gosta de mim.

Chapa ergueu o queixo, totalmente autoritária. Uma coisa é fato, ela aparentava não gostar de ninguém, isso não era específico com ele. Além do mais, se ela sabia que tinha fama de megera carrancuda, sabia também que sua fama carregava ainda mais apelidos maldosos, até a sexualidade da garota era questionada pelos corredores da própria empresa. Coisas como "Ela não é capaz de amar" ou "Ninguém a suportaria" eram ditas pelos funcionários.
E na verdade, Bose ela até mesmo evitava de tratar mal, mas não sabia o que acontecia, simplesmente acabava acontecendo.

Bose já achava que esse tipo de comentário, falando da vida pessoal ou da sexualidade dela, ultrapassava os limites do bom senso. Era demais até pra alguém como ela.

Chapa: Algum dia te disse que não gostava da sua pessoa? - Ele imediatamente negou com a cabeça. - Sei que meu comportamento com vocês não é dos melhores e que acham que sou menos humana por isso, mas vocês não entendem meus motivos e não podem questionar meus resultados. Tenho o mesmíssimo quadro de funcionários nesses quase três anos de empresa. Inclusive, você. Se eu sou tão ruim assim, porquê continuam aqui e com um rendimento tão bom?

Bose: É a executiva com o melhor plano salarial de Nova York, senhorita de Silva. E as pessoas tem medo da sua reação se o rendimento delas não estiver á altura do que você solicita.

Chapa: Isso me trouxe resultados. E se permite que eu diga, de todos os funcionários que tenho, você é o mais dedicado aqui. Aposto que pelo mesmo motivo dos outros, mas... ainda está aqui, começou como jovem aprendiz, é um ano mais velho que eu e inclusive, está estudando. - Ele franziu o cenho, não sabia que ela disso. - Não coloquei qualquer pessoa na minha empresa, costumo investigar quem está ao meu lado. Ninguém pode questionar meus métodos, porquê meus resultados são extraordinários.

Bose: Desculpe, eu não tive a intenção.

Chapa: Pare de se desculpar. - Ela levantou irritada. - Ok ... eu sou naturalmente da Colômbia e meu visto venceu.

Bose: Já tem alguns meses... - Ela olhou pra ele, esperando uma explicação. - Tenho tentado renovar por meses, mas eles não aceitam. Achei que não iam caçar, já que passou um bom tempo. - Ela começou andar de um lado pro outro. Bose estava sempre resolvendo as pendências dela.

Oneshots Bapa - Bose e ChapaOnde histórias criam vida. Descubra agora