Love, Soph. - Parte 5.

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Chapa: Todos prontos. Hora de passear! - Chapa sorriu pra Soph no colo de Mika, estava frio na cidade e a bebê parecia um pacotinho com aquelas roupas, usava uma pequena boina jogadinha de lado.

Mika: Nós vamos levar vocês, já que vamos comprar umas coisas no centro. Qualquer coisa vocês ligam pra ver se já estamos voltando. - Pegou as chaves do carro.

Os dois afirmaram com a cabeça.

Bose: Vocês não vão passar na clínica? - Levantou as sobrancelhas.

Mika: Não. Sam quer que o momento seja de vocês, ela acha que de alguma forma, pode fazer Alejandro ter algum momento de lucidez e até que eu também acho. Ele sempre adorou você, isso ajuda no processo.

Chapa: É verdade, o papai vai adorar a visita se te reconhecer. E estamos torcendo por isso, assim ele pode conhecer a Soph. É uma tentativa mais do que válida.

Sam: Chapa, sabe... - Disse entrando no cômodo - Já que os momentos de sanidade são poucos e não sabemos como será daqui pra frente, porque não diz ao papai que Soph é sua filha? De uma vez, pra dar essa alegria á ele, ele pode acabar não vivendo esse momento. - Era doloroso dizer isso em voz alta, mas não havia outro jeito.

Chapa franziu o cenho, pensativa. Nunca tinha dito a ninguém que Soph era sua filha, mas não porque não queria esse título. E sim, porque tanto ela quanto Bose, sempre foram claros sobre levar a vida dela com a verdade. Seria mais fácil contar a Soph sobre tudo, se não encobrissem dizendo que ela era a mãe dela.

Mas é claro que ela era uma mãe, se sentia assim, tratava Soph assim. Era um amor gerado no coração, desde o segundo em que bateu os olhos na garotinha no colo do pai. E ajudando Bose a criá-la, ela entendeu o que diziam sobre mães sentirem pelos filhos.

Lembrava bem das noites de choro de cólica da pequena, e em como ela se sentia mal, porque queria tirar aquela dor dela.

E Soph era tudo de mais importante que tinha em sua vida agora. É claro, que ela queria que o pai soubesse o que a bebê significava pra ela, e já que dadas as circunstâncias, ela não teria tempo de explicar, então diria da forma mais fácil, se pudesse, Soph era sua filha. Porque ela era, afinal. Sua pequena Soph.

Chapa: Eu posso? - Olhou pra Bose. Ela queria que ele se sentisse confortável sobre a situação. Porque se o pai tivesse tempo, questionaria sobre eles dois serem pais da bebê. O que era mais fácil de explicar, do que Chapa ser mãe de criação e eles não eram casados ou só fingir um casamento e aproveitar a situação. Alejandro se orgulharia.

Bose: Você É a mãe dela. - Olhou pra Chapa, tentando mostrar o quão sincero estava sendo. - E não tem que me pedir permissão em nada referente a Soph. Sempre tomamos decisões sobre ela juntos, você está criando ela comigo, e você quem ela procura quando quer a mãe dela. Você É a mãe dela. Nós não estamos mentindo. E tem tanto direito á ela, quanto eu. Um laço de sangue não determina o que construímos, Elena. - Ele só a chamava assim, quando algo era muito sério.

Chapa desviou o olhar, porque sentiu que eles estavam embargados. Mesmo que ela soubesse que ele se sentia assim, com a correria da vida, nunca tinha ouvido diretamente da boca dele. E era inexplicável a sensação de ouvir. Era como receber uma benção sobre alguma coisa. Receber uma benção sobre ser a mãe da pessoa que mais amava no mundo, naquele momento.

Sam: Awwwn, você vai chorar. - Fez um biquinho, olhando a irmã. - Abraça ela, papai. - Sam o empurrou, praticamente o jogando em cima de Chapa, afobada como sempre.

Chapa a olhou como se quisesse matá-la. Bose se segurou em algo, pra não cair em cima de Chapa.

Sam: Papai da Soph. - Corrigiu, prendendo o riso.

Oneshots Bapa - Bose e ChapaOnde histórias criam vida. Descubra agora