Sparks Fly - Final Alternativo Um.

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Chapa foi pra casa de uber, mal conseguia respirar de tanto que chorava. Como podia perder tanto em tão pouco tempo, como podia se sentir tão traída por duas pessoas que amava tanto? Sentia o amargo na boca.

Abriu a porta e olhou em volta, avistou Anahi no sofá sentada, ela olhou pra filha e ficou preocupada. Toda a maquiagem de Chapa estava borrada pelo choro e ela correu até a mãe. Se jogou em cima dela e a abraçou, muito fortemente, buscando conforto. Só queria se livrar daquela dor, queria voltar no tempo, queria dar um jeito de não sentir aquilo.

Anahi: Querida, o que houve? - Ela passou a mão pelos cabelos da filha.

Chapa: Porque o amor dói tanto, mãe? Porque tem que doer? Porque tinha que ser assim? Porque ele tinha que mentir? - Disparou em perguntas.

Anahi: Ah filha... pro amor não há respostas, apenas ações e acontecimentos. - Suspirou.

Anahi pensou sob quais circunstâncias Bose podia ter magoado Chapa e na cabeça dela foi longe de passar a real hipótese.
Ela conheci Bose a muitos anos, conhecia a mãe dele, tinha estudado com o pai dele. Pai esse que havia sido um Scar da vida, totalmente babaca, totalmente idiota. Célia sempre havia sido uma boa garota, e a história delas é dessas que a gente se pergunta "Mas o que alguém como ela faz com um babaca como ele?".
O amor nos levava a circunstâncias, e elas podiam nos levar ao exílio.
E ela uma vez, era quem tinha levado alguém ao exílio. Se perguntou se podia ser hipocrita e julgar quem tinha machucado sua bebê. Bom, ela podia, ela era a mãe de Chapa e ninguém machucaria sua filha.
Mas precisava saber o que realmente havia acontecido, pra conversar com Célia.

Chapa: Eu fui a peça de um jogo, mamãe. Era uma aposta, Bose tinha uma aposta. Agora ele pode ficar com o maldito time dele. - Disse entre as lágrimas.

Anahi ficou muito, muito surpresa e até engoliu em seco. Apenas abraçou a filha mais forte, naquela noite, tinha recebido uma ligação do ex marido e temeu o que poderia acontecer dados os últimos eventos.

Ray queria levar Chapa pra Nova York. Havia uma clínica necessitando de voluntários, parte de uma ong com crianças especiais e Chapa conseguiria facilmente terminar o último ano, além de estar na clínica. Era algo praticamente preparado pra ela, pela vida. O sonho dela.

Chapa estava de coração partido e com toda certeza ela ia querer fugir dali. Fugir de tudo que lembrasse Bose, fugir daquele sentimento de dor, que um dia já foi uma alegria intocada.

Anahi sentiu medo de perder a filha, de ter ela longe. Sabia que era uma das melhores oportunidades da vida de Chapa, mas estava apreensiva. Chapa podia acabar tomando uma decisão precipitada pela angústia. Swellview sempre havia sido seu lar, seus amigos estavam lá, ela estava lá pra dar colo á sua filha.

Sentiu um nó se formar um sua garganta. Não podia evitar o inevitável, estava confiante sobre em como o destino levaria essa situação.
Ainda ficou muito tempo com Chapa no sofá, até o momento em que ela dormiu. A acordou, ajudou ela a trocar de roupa, pois estava cansada, sonolenta e pois ela na cama.

Ligou pra Célia naquela mesma noite e conversou com ela. Não só como mãe de alguém magoada, mas como uma mãe por si. Ela não sabia se contava a Chapa da notícia agora. Também perguntou como Bose estava. Soube que ele havia tomado uma bela bronca e que Sam tinha tido uma crise histérica quando chegou em casa. Estava tudo complicado.

Célia disse que ela teria que agir pensando no futuro da filha e no que a faria feliz. Ela sabia o que era ter um coração partido.

E foi o que Anahi fez. Na manhã do dia seguinte, acordou a filha e explicou toda a proposta de Ray, também deixou claro que apoiaria Elena no que decidisse, mas pediu pra que ela não agisse pela dor.
Grandes decisões exigiam coerência.

Oneshots Bapa - Bose e ChapaOnde histórias criam vida. Descubra agora