Samanta não era uma sábia, um monge ou a pessoa mais sensata do mundo. Mas se alguém pudesse medir o nível de romantismo nas pessoas e fosse uma competição, ela ganharia. Ela com certeza ganharia, porque entendia muito bem do assunto.
O amor era um sentimento que ela reconhecia de longe, á olho nu. Um sentimento do qual ela não precisava de muito pra identificar. Era um tema do qual facilmente ela faria um tcc e passaria sem dúvidas, com a maior nota.
E todas as vezes durante os dias em que Chapa esteve no hospital, quando entrava no quarto da amiga e olhava Bose e ela, sabia que aquilo era real. Que eles se amavam. Que era algo forte o suficiente pra permanecer. Mais do que se amar, eram leais um ao outro.
Bose prometeu que não sairia do lado dela durante aqueles dias e poucos foram os minutos que não estava lá, paparicando Chapa. Ele não era de quebrar promessas e menos ainda as que eram feitas pra ela.
Ele levava doces, smoothies e a adulava muito. Estavam planejando cada detalhe do casamento, desde o terno até as flores. Não que da outra vez fosse diferente, eles também se empenharam muito pra que tudo fosse perfeito, mas havia uma emoção a mais dessa vez. Estavam se casando porque se amavam e não só porque ela precisava de um green card. E decidindo tudo juntos, o que tornava cada coisa mais emocionante e eles ficavam mais ansiosos.
E tinham decidido que se casariam á beira mar, em uma praia de Swellview, mantendo apenas a festa no jardim primaveril. Seria tudo em tons de azul e branco, como anteriormente e Célia havia desenhado um novo bolo e é claro, um novo vestido.
Dessa vez, um vestido azul e mais curto do que o anterior, planejado pelas duas juntas. Além da escolha das alianças, a de Bose tinha um sol e a de Chapa tinha uma lua. Sam costumava brincar que era a combinação perfeita dos dois.
E às vésperas do casamento, a cúpido oficial do casal, levou Chapa e Bose pra sua lanchonete favorita que também tinha se tornado a deles.
Onde grande parte da história deles começou a tomar o rumo que devia.
Tinham ido se divertir, como uma despedida de solteiro nenhum pouco tradicional. Célia, Mika, Nina e Miles estavam com eles.Mika estava cantando, enquanto Sam dançava com Célia e Nina com Miles. Bose e Chapa estavam sentados, dividindo um smoothie de morangos. Ela estava com o queixo apoiado no ombro dele e os dedos deles entrelaçados. Observando os amigos e a mãe.
Chapa: Vou sentir falta daqui, sabia? - Sorriu, observando os outros. - Dessa calmaria, da sua mãe, das meninas. Swellview. Confesso que pela primeira vez, estou ansiosa pelas férias. swellview é como um novo lar.
Bose: Sam está sempre lá pra encher o saco e Mika as vezes vai com ela. Nina e Miles vão viajar, já minha mãe... está procurando um apartamento em Nova York. Logo podemos vir de novo.
Chapa: Sua mãe vai pra Nova York? Sério? - Olhou surpresa pra ele.
Bose: Acho que primeiro ela queria achar, pra depois te falar e não te preocupar, por conta da correria do casamento. Mas está. E um espaço pra abrir o ateliê. Você a convenceu, obrigado por isso, ela precisava desse empurrão! A vida inteira esperei pelo momento em que minha mãe ia sair daquela casa e viver a vida dela, e você veio... obrigada, mesmo!
Chapa: Não tem que me agradecer. Meu carinho pela sua mãe é imenso, fiz por causa disso.
Chapa sorriu, ainda sem acreditar. Célia tinha seguido seu conselho e ia se livrar de Vicent, além de agora tomar o próprio rumo e fazer o que amava. Ela sabia que tinha tido uma briga no dia do acidente dela e que Skye inclusive, tinha se demitido da empresa do pai e planejava ir embora pra Holanda, como tinha sonhado a vida toda. Mas não sabia dessa notícia em si. Isso era incrível!
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Oneshots Bapa - Bose e Chapa
RomanceCompilados de Oneshot Bapa - pequenas histórias de Bose e Chapa da Força Danger.