Delicate - Parte 6.

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No dia seguinte, Chapa acordou novamente mais cedo. Aproveitou que Bose estava num sono pensado e foi pra varanda, ligar pra Célia.

Célia: Chapa? Oi! Está tudo bem? Liguei várias vezes pro Bose ontem e ele não atendia. Seu celular estava fora de área.

Chapa: Oi Célia, tudo bem? Então... Recebemos uma visita inesperada e isso foi um problema. Deveríamos ter avisado, mas antes estávamos na praia.

Célia: Como assim? - A voz dela soava preocupada.

Chapa: O pai dele apareceu lá. Bom, Bose e eu fizemos uma brincadeira na noite em que chegamos, nós fomos ao cassino, fingimos ser casados, me apresentei até como Elena O'Brien e...

Célia: FINALMENTE! - Célia sorriu. - Você não sabe o quanto esperei que vocês percebessem que se amavam! Mas espera aí... vocês não fizeram como nos filmes que os casais se casam em Vegas, né ?

Chapa: Não, não foi isso. - Ela riu. - Bom, nós só fingimos. Boorlier lhe mandou lembranças. - O recepcionista. - Enfim, Bose não sabia que uma das pessoas lá era fornecedor do pai dele e falou do casamento. Acabou que ele veio aqui questionar isso.

Célia: Mas ele não tem o menor direito de questionar isso! Não deveria questionar nada! Ele mal sabe da vida do próprio filho. - Célia estava inconformada.

Chapa: Eu sei, eu sei... - Chapa suspirou. - E ele foi muito rude nas palavras, acabei até mesmo gritando com ele.

Célia: Você não perde sua razão, Chapa. Obrigada por defender o nosso Bosey. - Suspirou. - Ele estava tão animado pra te levar pra Malibu, achou que ia te animar, que vocês iam esquecer os problemas. Sinto muito que ele tenha estragado a viagem de vocês. - Chapa sentiu que Célia estava frustrada e pensou que Bose não deveria estar diferente.

Chapa: Ele não estragou... ainda temos hoje e amanhã e ele não vai ter estragado nossa viagem! Eu... vou preparar o café Célia, mando notícias mais tarde.

Célia: Ok Chapa, muito obrigada! E divirtam-se, voltem namorando, beijo!

Célia desligou e Chapa riu, dando de ombros. Célia andava mesmo conversando muito com Samanta, as duas sempre saiam juntas pra comprar. Fez o que disse que ia fazer e arrumou a mesa bonitinha pra quando ele descesse, com as coisas favoritas dele.
Chapa não era uma romântica incurável, nem mesmo gostava dessas melações. Mas sabia que Bose não merecia nada daquilo e ele estava tão animado naquela viagem. Não deixaria aquele velho por tudo por água abaixo.

Bose: Ah meu Deus, isso é panqueca recheada com nutella? - Ela sorriu, se virando pra ele.

Chapa: Sim! Eu fiz umas compras e pedi pra entregarem aqui. Achei que seria bom pra dar uma animada, sabe? Não acho que devemos estragar nossa viagem. Viemos pra nos divertir e esquecer os problemas.

Bose: Não, nós não devemos. - Ele negou com a cabeça, se aproximando dela.

Chapa: E não vamos. - Segurou no ombro dele, levantando o pé e dando um beijo demorado na bochecha dele. - Fiz uma reserva pra jantar naquele restaurante! - Ele olhou surpreso pra ela. - Mas agora, nós vamos tomar café.

Bose: O café maravilhoso que você preparou. - Ela riu, se sentando. Deu de ombros, convencida.

Chapa: Modéstia à parte, cozinho muito bem e eu caprichei.

Tomaram o café da manhã sem voltar a tocar nos dois assuntos que estavam, automaticamente proibidos. A história que os tinha levado ali e o pai tóxico de Bose.
Depois foram novamente a praia e dessa vez, ele até mesmo conseguiu uma prancha pra surfar. Chapa apreciou animada, não era muito fã do mar, então ficava mais no raso.

Oneshots Bapa - Bose e ChapaOnde histórias criam vida. Descubra agora