Sparks Fly - Final Alternativo Dois.

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🚨O texto que segue até a linha, é o mesmo início do final alternativo 1.
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Chapa foi pra casa de uber, mal conseguia respirar de tanto que chorava. Como podia perder tanto em tão pouco tempo, como podia se sentir tão traída por duas pessoas que amava tanto? Sentia o amargo na boca.

Abriu a porta e olhou em volta, avistou Anahi no sofá sentada, ela olhou pra filha e ficou preocupada. Toda a maquiagem de Chapa estava borrada pelo choro e ela correu até a mãe. Se jogou em cima dela e a abraçou, muito fortemente, buscando conforto. Só queria se livrar daquela dor, queria voltar no tempo, queria dar um jeito de não sentir aquilo.

Anahi: Querida, o que houve? - Ela passou a mão pelos cabelos da filha.

Chapa: Porque o amor dói tanto, mãe? Porque tem que doer? Porque tinha que ser assim? Porque ele tinha que mentir? - Disparou em perguntas.

Anahi: Ah filha... pro amor não há respostas, apenas ações e acontecimentos. - Suspirou.

Anahi pensou sob quais circunstâncias Bose podia ter magoado Chapa e na cabeça dela foi longe de passar a real hipótese.
Ela conheci Bose a muitos anos, conhecia a mãe dele, tinha estudado com o pai dele. Pai esse que havia sido um Scar da vida, totalmente babaca, totalmente idiota. Célia sempre havia sido uma boa garota, e a história delas é dessas que a gente se pergunta "Mas o que alguém como ela faz com um babaca como ele?".
O amor nos levava a circunstâncias, e elas podiam nos levar ao exílio.
E ela uma vez, era quem tinha levado alguém ao exílio. Se perguntou se podia ser hipocrita e julgar quem tinha machucado sua bebê. Bom, ela podia, ela era a mãe de Chapa e ninguém machucaria sua filha.
Mas precisava saber o que realmente havia acontecido, pra conversar com Célia.

Chapa: Eu fui a peça de um jogo, mamãe. Era uma aposta, Bose tinha uma aposta. Agora ele pode ficar com o maldito time dele. - Disse entre as lágrimas.

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Anahi respirou fundo. Uau, isso era demais. Se deu conta de que agora era a hora de revelar algo que ainda não tinha contado pra filha. Afastou um pouco dela e a olhou apreensiva. Dada a dor do momento, aquilo poderia resultar até em briga.

Anahi: Filha, tem uma coisa... não sei nem por onde começar. - Chapa franziu o cenho. - Sabe... quando eu e seu pai começamos a namorar, aliás, antes... fiz uma coisa. Uma coisa que deixou a cargo do seu pai decidir se me perdoaria ou não.

Chapa: O que houve? - Perguntou baixo.

Anahi: Eu... você sabe, era popular, bonita. E seu pai, bom... seu pai ficava nos cantos, tinha poucos amigos. Ele nunca foi feio e eu não sei como as pessoas não percebiam ele. Ele era lindo. Mas quem sou eu pra julgar, eu também não notava. Eu tinha uma amiga apaixonada por ele e ela me disse que ele podia me ajudar com um trabalho de recuperação. E aí entrou toda a história, eu não quis falar que queria isso, então eu comecei a fingir que me interessava por ele. As coisas foram fluindo e ele mesmo se ofereceu pra fazer o trabalho por mim. Mas eu já estava caidinha. - Chapa arregalou os olhos. - Então a garota que me falou dele descobriu que estávamos ficando e falou a verdade pra ele. Na minha frente. É claro que eu não neguei, não podia continuar mentindo e então eu confessei. O problema é que todo mundo estava lá e todo mundo ouviu. Foi humilhante pro seu pai. Mas depois de uns dias ele me perdoou. Mas nós não voltamos a namorar. - Anahi cruzou os braços. - E então ele começou a namorar aquela velha bandida.

Chapa: Velha bandida?

Anahi: Sim. Tínhamos dezesseis anos e ela tinha vinte. - Chapa fez uma careta.

Oneshots Bapa - Bose e ChapaOnde histórias criam vida. Descubra agora