Chapa: Eu não entendo, eu... - Ela olhava pra nada em específico, se sentindo confusa. - Eu não entendo.
Bose: Eu posso explicar, eu juro que posso explicar, só não sei por onde começar. - Passou a mão pelos cabelos nervoso.
Chapa: Que tal começar me dizendo porque veio atrás de mim? - Franziu o cenho, preocupada. - Ah meu Deus, Soph... - Ela começou a correr, deduzindo que havia acontecido algo com a filha, desesperada.
Bose: Não, não. - Correu atrás dela, pegando sua mão, a fazendo parar. - Soph está bem, está dormindo. Está muito bem.
Chapa: Então... - Ele a puxou. Os dois se sentaram no banco, em frente ao lago onde iam todas as manhãs antes da escola, alimentar os patos.
Bose: Chapa, vim porque achei que você tinha ido embora. - Ela arregalou os olhos, esperava qualquer coisa, menos isso.
Chapa: Porque eu iri... - Ela foi novamente interrompida.
Bose: Não, você não iria. Não sem avisar, não sem dizer o porque. - Engoliu em seco. - Você não é assim, eu sei. - Suspirou.
Chapa: Ah, Bose. - Acariciou o ombro dele, entendendo tudo. Ele tinha medo. Scarlett tinha ido embora de forma sorrateira e Chapa havia saído pra espairecer da mesma forma, sem nem avisar.- Eu jamais faria isso com você. Com vocês. Amo você e amo nossa Soph, entendo seu medo, não se preocupe. Eu só... Nina me contou que Scarlett estava na cidade e então quem tive me...
O celular dos dois tocou, e eles souberam que aquilo não era nada bom. Aquela conversa teria de ficar pra outro momento.
Chapa olhou pra ele e pegou o celular no bolso. No dela, era Sam. No dele, Célia. Atenderam imediatamente, preocupados com Soph. Sentiram o peito apertado, os dois se afastando um pouco pra poderem ouvirem e conversar sem que houvesse interferência. E após algumas palavras, só deu tempo dele se virar pra ela e voltar a correr, assim como ela. Correr muito rápido, tanto que sentiam o peito rasgar, o ar queimar as gargantas. Atravessaram tantas ruas, faróis abertos. Pra chegar no hospital central. Chapa parou na recepção, vendo todos os amigos, sua família ali. Menos ele, menos seu pai.
Sam se levantou rapidamente, abraçando a irmã. Desabou chorando e Chapa soube que aquilo era muito pior do que pensava apenas na ligação. Tudo que souberam é que tinham que correr pro hospital até então. Célia era médica. Sempre eram quem cuidava de todos eles. Nina e Miles também não estavam lá, mas obviamente não era algo com eles.
Era com Alejandro.Bose: O que aconteceu? Onde está o Tio Ale? E a minha mãe, já deu alguma notícia? - A voz estava rouca, quase não saia, devido a correria.
Mika: Pelo que entendemos, ele teve um mal súbito repentino e seu pai e sua mãe trouxeram ele. Ela está cuidando do caso dele, mas ainda não se sabe muita coisa. - Franziu o cenho.
Chapa: Soph, onde está Soph? - Perguntou preocupada, procurando a filha.
Ray: Com Nina e Miles. Em casa.
Eles olharam as irmãs abraçadas, Sam chorava silenciosamente, era de partir o coração.
Meia hora depois, Célia saiu com as mãos no jaleco, com uma cara nada boa, os olhos avermelhados. Se posicionou do lado de Ray, que não podia abraçá-la por uma questão profissional.
Ela se aproximou das meninas, que a olhavam de forma que parecia implorar, sem precisar dizer algo.
Célia sentiu o coração se apertar e a vontade de chorar aumentar mais ainda. Negou devagar com a cabeça, e viu Sam voltar a chorar, abraçando Mika.
Bose estava do lado de Chapa, olhando pra mãe, confuso.
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Oneshots Bapa - Bose e Chapa
RomanceCompilados de Oneshot Bapa - pequenas histórias de Bose e Chapa da Força Danger.