49. Batalhas do bem contra o mal parte 2

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 Frente a frente com a mãe de sua filha Tati, a Mabel, que agora pensava que se chamava Ayza e que era reptiliana, Beto se sentia quase numa cinuca de bico, por assim dizer. Ayza sentia algo muito forte pelo Beto, só não sabia o que era, e confundia com ódio, rancor, magoa e desprezo.

Beto só queria ajudar a mãe da sua filha, só não sabia como, sendo que ele não sabia como ajudar alguém que não queria ser ajudado. Ao passo que, Ayza só queria uma coisa, parar de sentir que não devia ferir o homem a sua frente, seu inimigo.

- Mabel - Começa Beto - Por favor, não me obrigue a te machucar, você é a mãe da minha filha, e eu não quero fazer isso.

- Eu nem sei quem você é para começo de conversa - Começa a o sufocar com o poder do seu pensamento - E o meu nome é Ayza, não Mabel.

- Isso é o que querem que você pense, mas Mabel - Ele mal conseguia respirar direito, quanto mais mais falar, bem na realidade - Mabel, fomos casados e temos uma filha, a Tati.

- Pare de mentir para mim! - O derruba no chão, com os seus poderes de telecinese - Suas mentiras não me atingem, Montenegro.

- Mabel - Ele tenta se recuperar, e chegar perto dela, mas falha em ambos os seus intentos - Ouça a voz da razão, por favor, e pare com essa loucura de tentar me matar.

- Você pensa que me engana, não é mesmo, seu fingido? - Nisso, os olhos dela ficam completamente negros brancos, em uma pequena fração de segundos - Mas não me engana, coisa nenhuma, pois sou muito mais esperta, do que, você imagina.

- Se você fosse mesmo esperta, não acreditaria nas mentiras dessas três serpentes que estão com você, e só querem te destruir - Os olhos dela voltam ao normal - Mabel?

- Beto? É você, meu amor? - Ela então, vai se aproximando dele, o engana e lhe dá uma cabeçada, que o faz desmaiar - O meu nome é Ayza, e não Mabel, Montenegro.

Arminda Samire estava cada vez mais apaixonada pelo doutor Baltazar, ainda mais agora que sentia e sabia que esperava um filho dele. Ela estava ao lado de Baltazar, mas nada disse sobre a sua gravidez, não era o momento ainda.

- Você parece meio aérea e pensativa demais hoje - Começa ele - Tem certeza de que está bem?

- Sim, estou - Diz ela - Estou bem sim, Baltazar, apenas pensava nos meus filhos, nos que eu perdi, queria que eles estivessem vivos.

- Eu sinto muito por eles - Diz Baltazar, por fim - Sinto muito mesmo, eles deviam ser lindos, assim como você, Arminda.

- Você não imagina o quanto - Do nada, ela pensa nos jovens que conheceu na praia - E até imagino como eles seriam, caso estivessem vivos, e eu os tivesse visto crescer.

Samira queria acabar de uma vez por todas com a sua genitora, Melpômene Calíope, que quase destruiu a sua vida, e isso, mais de uma vez, bem na realidade. Calíope até que admirava a coragem de sua filha preferida, mas não dizia nada disso, a mesma, apenas para não alimentar o ego dela.

Mãe e filha se olhavam com desprezo, como se no mais íntimo de seu ser, quisessem se matar a qualquer instante. E talvez fosse exatamente isso, que elas quisessem.

- Você está cada vez mais parecida comigo - Começa Calíope - E não, isso não é um elogio, Samira Beatriz.

- Sei que não é - Ela se desvia dos golpes sincronizados dela, usando sua inseparável katana - Até porquê, me parecer com você, é o mesmo que um pesadelo, uma praga, ou um castigo.

- Até que para uma relés traidora, você é bem petulante - Diz Calíope, sorrindo - Agora sim, foi um elogio.

- Não quero os seus elogios, e nem preciso deles - Diz Samira atacando Calíope sem dó, enquanto ela apenas se defendia dela - E sabe o porquê? Porquê eu sei que eles são falsos, assim como você também é, Calíope.

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