Mais Algumas Provas de Amor

51. Tudo não passou de um sonho e o passado sempre volta

A memória de todos foi apagada, até mesmo, as dos viajantes tridimensionais, tudo voltaria ao ponto de partida de onde parou. Ayza continuaria a ser uma marionete nas mãos dos desarmados de sua realidade, ao passo que tudo o que os irmãos Ramos e as irmãs Duarte descobriram foi apagado de suas mentes, para somente mais tarde, elas descobrirem tudo mais uma vez com alguns flashbacks de Dejavú, por assim dizer.

Mas voltando aos irmãos Pena Marinho e as irmãs Luz Avelar, os quatro meio que sentiam que alguma coisa importante foi arrancada deles. Algo que eles não sabiam o que era, mas que fazia muita falta para eles, e do nada eles meio que se sentiam no final da peça de teatro "Sonho de uma noite de verão" do saudoso dramaturgo William Shakespeare.

- Bem - Começar Eduardo, um tanto quanto, nervoso - Alguma coisa aconteceu por aqui e eu só não sei o que foi exatamente.

- Nem eu - Diz Tita - Talvez tenha sido algo sem a menor importância. Caso contrário, a gente não teria esquecido. Ao menos, é isso que eu penso, gente.

- Creio que sim - Diz Ricardo - Mesmo assim, não gosto nem um pouco dessa sensação de vazio que estou sentindo. Como se faltasse alguma coisa em mim, e também em todos vocês.

- Rick, eu sinto o mesmo. Sinto que a gente se esqueceu de alguma coisa, de algumas pessoas, ou sei la - Diz Nininha, meio tensa - Mas como a Tita acabou de dizer, isso não deve ser importante, caso contrário, a gente se lembraria, né?

Todos concordaram, e cada um deles segue para a sua rotina normal. Ao menos era isso, o que eles pensavam que iria acontecer. Afinal de contas, a vida deles jamais voltaria a ser normal. Pelo menos, não como antes.

Alguns dias depois, de volta a normalidade, ou quase isso...

Rita e Clara estavam frente a frente, bastante surpresas pela semelhança entre elas, sendo as duas, gêmeas idênticas, por assim dizer. Gêmeas separadas na maternidade.

- Nem acredito que tenho uma irmã gêmea - Começa Rita - E que ainda por cima, tenho um irmão mais velho.

- E nem eu - Diz Clara - Isso meio que me parece um pouco surreal demais, você não acha?

- Sim, mas sabe - Começa Rita - Eu até que gosto de ter uma irmã gêmea, Clara. Gosto muito mesmo.

- Eu também, Rita - Sorri - Eu também.

Joana e Renata estavam conversando acerca de tudo o que aconteceu nos últimos dias, e no quanto, elas se sentiam aliviadas com a prisão do Tony. E isso, apesar do Conrado e do Renan estarem a solta por aí, podendo fazer o mal, sempre que podiam.

- A cada dia que passa, eu temo mais e mais pelos meus filhos e netos, eu quase os perdi uma vez - Começa Joana, apreensiva - Não quero os perder de novo. Não quero e não vou, minha prima.

- Tenha fé Nana - Começa Renata, tentando sorrir - Apenas tenha fé, que nada de mal há de acontecer com os seus filhos, muito menos, com os seus netos, eu creio nisso, prima.

- Bem, assim espero, Tatá - A mira bem nos olhos - Mas e você? Como você tá, prima?

- Eu tô bem - Diz ela - Bem e apaixonada. Muito apaixonada.

- Apaixonada, é? E por quem?

Elas contunuam a conversar, sem nem ao menos, ver o tempo passar.

Maria e Marcelo estavam se lembrando do dia em que o Roberto os levou para a ilha, eles o atacaram, lutaram contra ele e tudo. Mas o covarde acabou jogando sujo com eles, e deu um jeito de os dopar, imobilizar e os levar para a ilha, mesmo sem o seu consentimento. Eles odiavam o Roberto, tanto que se pudessem, os matavam com as suas próprias mãos, naquele exato momento. Mas não podiam, e justamente por isso, eles ficavam só na vontade mesmo, e os dois não eram os únicos que queriam isso. Já que o Roberto era expert em fazer inimizades e tudo mais.