Capitulo 12 - Câmera Fotográfica.

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"E amar é difícil, nem sempre funcionaVocê apenas tenta o seu melhor para não se machucarEu costumava ficar brava, mas agora eu seiÀs vezes é melhor deixar alguém ir— Sasha Alex Sloan"

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"E amar é difícil, nem sempre funciona
Você apenas tenta o seu melhor para não se machucar
Eu costumava ficar brava, mas agora eu sei
Às vezes é melhor deixar alguém ir
— Sasha Alex Sloan"

Eu tento disfarçar, mas acho que Sofia percebe quando meu sorriso desaparece do meu rosto, e eu preciso desviar o olhar para não a encarar assim. Não cheguei a me desculpar com ela por ter sumido, e, ainda assim, ela ainda tem o mesmo carinho por mim.

— Ganhei minha primeira câmera quando tinha doze anos – em uma tentativa de contornar a situação, ela comenta, com um entusiasmo genuíno.

E por mais que eu tente focar apenas naquele que ela diz sobre conquista, não consigo deixar de me sentir mal por isso. Claro que seu gosto pode ter surgido espontaneamente, mas eu sei que há um dedo meu aí. Eu sempre fui fissurada por fotografia, e, toda vez que tinha a chance, ensinava Sofia a tirar fotos com a minha câmera. Teria ela começado a gostar para suprir minha falta, de alguma forma? Como se gostar de tirar fotos a aproximasse de mim?

— Sofi, desculpa por sumir – finalmente digo, levando meu olhar a ela. – Você não tinha nada a ver com a briga minha e da sua irmã, não foi justo com você, mas quero que saiba que, quando terminamos, eu não conseguia ouvir o nome de Camila sem ficar péssima. E estar perto de você seria estar perto dela, principalmente porque você ainda era uma criança, e também, não acho que sua mãe permitiria que eu te lavasse para sair ou algo do tipo. Mas, de verdade, peço perdão por ter sumido da sua vida assim.

Sofia abaixa a cabeça, e corre o olhar por alguns pontos do chão, como se pensasse no que dizer sobre isso.

— Nos primeiros meses eu fiquei muito brava com Camila, porque pensei que ela tinha me tirado de você, quase não conversava com ela – ela me olha. – Depois, eu fiquei brava com você, porque você poderia ter ido me visitar, mas não consegui sustentar nenhum desses sentimentos, principalmente quando Camila conversou comigo sobre o que aconteceu, e me explicou que, embora não seja justo, para que vocês pudessem seguir em frente, precisavam sair uma da vida da outra completamente, e, infelizmente, eu estava envolvida nesse fardo. Mas hoje eu não sinto mais raiva, nem qualquer tipo de ressentimento. Eu entendendo que você precisou se afastar para se curar, mas...

Percebo seu receio ao prosseguir quando ela torce os lábios, igualzinho Camila fazia.

— Pode falar o que quiser, Sofi. Ou perguntar.

— Por que você não me procurou depois? – Ela não tem ressentimento no tom de voz, e imagino que aquela seja apenas uma dúvida que se pendurou em sua cabeça. – Durante esses anos?

— Porque não faria sentindo voltar pra sua vida sendo que eu não conseguiria estar aqui, em San Diego. Seria como abrir alguma ferida sua, já que você saberia que estou em algum lugar, mas longe demais para estar perto.

Em Outra Vida, Talvez?Onde histórias criam vida. Descubra agora