Capítulo 08 - Área privada.

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"Alguns anos passandoE eu estou indo bemNo fundo da minha menteTudo o que ouço é o seu nomeAposto que você está feliz e tudo bemMas eu me arrependo de apenas uma coisaEu nunca tive a chance de mudar sua mente— Halsey"

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"Alguns anos passando
E eu estou indo bem
No fundo da minha mente
Tudo o que ouço é o seu nome
Aposto que você está feliz e tudo bem
Mas eu me arrependo de apenas uma coisa
Eu nunca tive a chance de mudar sua mente
— Halsey".

É claro que o restante do evento se arrastou e se tornou uma tortura pra mim. Eu tentava me concentrar no que Sofia dizia, tentava a dar a atenção que ela precisava para se sentir satisfeita enquanto explicava cada fotografia pelas quais passávamos, mas tudo que eu fazia, a todo momento, era buscar Lauren com o olhar. Isso me fazia lembrar os primeiros meses após o nosso término. Quando eu saía, inconscientemente a buscava por todos os cantos, temendo e ansiando a ver em algum lugar, parada com uma garrafa de cerveja nas mãos e a jaqueta de couro no corpo. Já havia largado essa mania a muitos anos atrás, mas agora que sei que estamos dividindo o mesmo ambiente, sempre tento achar alguma forma de encontrá-la. E parece que Lauren também compartilhava a mesma necessidade que a minha, pois, em diversas vezes que a encontrei, ela já estava me olhando. E o momento em que nossos olhares se batiam, era como se minha alma estivesse sendo marretada.

— Acho que está na hora do discurso – Sofia comenta da porta do banheiro, enquanto me espera encarar meu reflexo no espelho.

Já estava quase chegando a hora do encerramento, visto que no tíquete informava que as portas se fechariam às onze da noite, e agora era dez e vinte. À medida em que o tempo foi passando, as taças de champanhe foram entrando, e agora, meu olho já estava até um pouco mais caído, e meu cabelo um pouco mais desgrenhado, mas nada que o fizesse parecer bagunçado.

— Vamos – eu abandono meu reflexo, pois, se me encarar muito neste momento, verei o quão estou desabada por dentro. O quanto ela ainda conseguia mexer comigo.

Acho que o primeiro amor a gente realmente nunca esquece.

Cruzamos o salão, e as pessoas estavam se aglomerando de frente a um pequeno palco onde Ashley estava, instruindo um garçom. Já não havia tantas pessoas como no início, e isso tornava a tarefa de encontrar Lauren bem mais fácil, porém, agora, eu não conseguia vê-la.
Sofia segura minha mão para passar entre o mar de pessoas, até que pegássemos um lugar na frente. E assim que finalmente paramos quietas, eu aceito outra taça do garçom que vinha servindo.

— Você está bebendo demais, não acha? – Sofia pergunta, e não me dou o trabalho de olhá-la.

— Passar por isso sóbria ia ser marcante demais – eu acabo verbalizando o que minha mente pensa, mas, como apenas minha irmã iria entender do que eu estava falando, não chego a ficar com vergonha ou tentar contornar minha fala.

— Boa noite, pessoas! – Ouço a voz de Ashley no microfone, e abandono o celular quase que ineditamente. – Sei que vocês estão esperando nossa artista, mas eu só vim para desejar uma boa noite mesmo enquanto ela retoca a maquiagem.

Em Outra Vida, Talvez?Onde histórias criam vida. Descubra agora