Capítulo 40 - Profecia (final parte I)

3.8K 354 15
                                    

N/A: Galeraaa, a parte I e II do final foram publicadas em conjunto, e ambas já estão disponível aqui para vocês, basta arrastar pra cima ;)

"Esta noite está brilhandoNão a deixe passarEstou maravilhadaCorando por todo o caminho até em casaPassarei a eternidadeMe perguntando se você sabiaQue fiquei encantada em te conhecer— Taylor Swift"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Esta noite está brilhando
Não a deixe passar
Estou maravilhada
Corando por todo o caminho até em casa
Passarei a eternidade
Me perguntando se você sabia
Que fiquei encantada em te conhecer
— Taylor Swift".

Quando a sessão termina, Thalia suspira de alívio enquanto veste de volta o roupão, e Lauren e ela fazem um hive-five. Era estranho ver Lauren fotografando o corpo nu de outra mulher e não me enciumar ou ao menos me incomodar com isso. Não sei ao certo se foi a forma que ela expandiu minha cabeça ao me explicar isso antes mesmo de darmos nosso primeiro beijo de reconciliação. Não sei se é minha admiração imensa pelo seu trabalho. Ou se é a forma inteiramente profissional que Lauren conduz isso, mesmo que seja óbvio que ela e Thalia já se conhecem.

No fim, sei que agora a admiro mais ainda.

Thalia saí com o auxiliar de iluminação, ambos alegando estarem com fome, e ficamos Lauren e eu. Ela está tirando a câmera do pescoço e colocando sob uma mesa de suporte próxima a porta quando eu a abraço por trás, após, novamente, cruzar o estúdio como se tivesse pisando em ovos.

— Tenho tanto orgulho de você e de como você está conduzindo sua profissão – eu digo, minha bochecha se afundando em suas costas. – Você merece cada pessoa que te admira.

Ouço a risada baixinha de Lauren, e ela acaricia meus braços, tombando a cabeça para trás para conseguir deixar um beijo na minha testa.

— Você gostou? – Ela me pergunta, sem mudar nossa posição. – A sessão foi um pouco largada porque Thalia já é minha modelo a mais de três anos, e só precisávamos atualizar algumas fotos dela.

— Eu amei, Laur! Amei cada parte. Foi muito bom, é incrível ver o processo pra isso chegar naquele "santuário" de corpos nas suas exposições.

— Por falar nisso, sei que comentei que tinha menos trabalho em Nova York, mas é apenas essa semana que ficou agarrada. Um carro vai me buscar às sete da manhã amanhã para que eu possa fotografar algumas modelos em um terraço para a Vougue, provavelmente vou voltar umas seis da noite, esses ensaios para grandes marcas demoram uma vida, então, você pode fazer o que quiser. Conhecer a cidade, ir em algum lugar – ela da de ombros –, não sei.

— Você fotógrafa para a Vougue? – Pergunto, surpresa, e ela abre um sorrisinho orgulhosa, concordando. – Meu Deus, Nova York é realmente boa pra você. Ashley vai estar em casa?

— Acredito que sim, só deve ir na academia de manhã, mas ela leva umas três horas lá.

— Vou até lá então, e ela me dá aquelas dicas.

— Ótimo! – Lauren gira para frente, e abraça minha cintura, enquanto eu levo meus braços para seu pescoço.

Ela me encara por alguns segundos, com aquele olhar de admiração que me derrete por completa, e, no fim, abre um sorrisinho.

— Eu amo muito você, sabia? – Seu tom de voz é baixo, e ela leva uma mexa do meu cabelo para trás da orelha. – Eu me arrependo do que aconteceu e nos fez separar, mas eu andei pensando... Por um lado, estou feliz que isso tenha acontecido. Porque agora eu sei amar e sei te oferecer o melhor de mim.

Eu sorrio com aquilo. Sabe quando você passa por um momento turbulento da sua vida, e então, de repente, a calmaria vem? Quando você sente que finalmente encontrou a paz? Quando o mar fica calmo e você não ouve mais os trovões, a tempestade e os raios? Quando tudo que te alcança é o som sereno da água, das gaivotas. É como me sinto agora.

— Também estou feliz por termos nos reencontrado a essa altura das nossas vidas – digo, no mesmo tom. – Acho que sempre estive esperando por esse momento. Que sempre estive sentada na varanda, esperando que você voltasse para casa.

Lauren me abraça, e é tão aconchegante, que sinto vontade de chorar. Claro que pode ser os hormônios da gravidez, mas sei que também se trata da sensação de lar que a relatei. Aquela era a verdade, embora houvesse outra pessoa dentro  da casa, eu sempre estive na varanda. Sempre estive esperando que ela voltasse para meus braços, onde está agora.

— Nem consigo acreditar que vamos criar a família que brincávamos quando éramos mais novas – Lauren diz, e eu solto uma risadinha, que acaba vindo acompanhada de uma lágrima solitária.

Eu estou tão feliz.

— Nossa profecia se realizou – acho que Lauren ouve minha voz de choro, pois se afasta de mim, e limpa minha bochecha molhada antes de me beijar. – Eu também te amo, Laur. Bem mais do que você nunca vai conseguir imaginar.

Em Outra Vida, Talvez?Onde histórias criam vida. Descubra agora