Capítulo 13 - Criatura atordoada por amores passados.

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"Tantos sinais, tantos sinaisVocê nem viu os sinais— Taylor Swift"

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"Tantos sinais, tantos sinais
Você nem viu os sinais
— Taylor Swift".

Nós nos juntamos a Ashley na missão de juntar tudo que esparramamos, e, cumprindo com o horário que estipulei, cerca de vinte minutos depois, Harry estava retirando minha Hilux da garagem. O brilho do preto bem polido refletindo os raios solares atinge meus olhos quando saio da galeria, e, como sempre, me orgulho por isso enquanto entrego as chaves para um dos funcionários que se prestou a nos ajudar. Aquele não era o carro que eu usava em dias comuns, para atividades comuns, mas, quando se tratava de eventos, o que eu precisava era de espaço, já que Ashley ou Harry sempre estavam comigo. E agora, ele foi útil novamente para suportar mais duas pessoas.

Nós partirmos com mais cinco minutos, e sigo todas as coordenadas que Camila me dá para chegar até sua casa. Era um pouco distante da onde ela costumava morar, mas, pelo o pouco que me lembro dessas ruas, era mais perto da praia e do centro da cidade. Se tratava de uma casa bem maior que a de sua mãe, também, com paredes azuis escuras, quase chegando ao preto. Tinha um jardim bem cuidado na frente, com grama verde e um canteiro de rosas. Não me lembro de ter perguntado com o que ela trabalha agora.

Assim que eu paro, do outro lado da rua, saio do carro para conseguir me despedir melhor, e a primeira a fazer isso é Sofia, que me abraça. Eu conseguia ver o carro que Austin estava quando foi até a galeria estacionado na garagem que, por alguma razão, estava aberta. Eles moram juntos? Pensavam em se casar?

Não é da sua conta, Lauren.

— Espero que possamos nos ver de novo logo – por sorte, Sofia me rouba a atenção.

— Vou fazer isso acontecer, pequena – deixo um beijo no topo da sua cabeça, antes de ter Sofia se afastando de mim, dando espaço para que eu possa chegar até Camila.

Nós nos encaramos por alguns segundos, acho que sem saber o que fazer, e, quando eu tento tomar atitude de agir ou falar algo, Camila enlaça seus braços no meu pescoço, me trazendo uma sensação de leveza naquele abraço que não pensei em recusar. Contorno sua cintura com meus braços, e, como ela era mais baixa que eu, meu nariz se afunda em seu cabelo, que exalava cheiro de baunilha.

— Talvez dizer isso torne as coisas mais difíceis de serem engolidas entre a gente, mas eu gostei de te encontrar.

Me pergunto se Camila sentiu meu coração errar a batida, e depois, começar a bater freneticamente. Meu olhos se fecham à medida em que me sinto acertada por uma marreta. Sempre achei que ela me odiaria, mas então, ela diz que gostou de me ver, e eu não estava preparada pra isso. Em dez anos, não treinei o que fazer caso ela me recebesse bem.

— É, você realmente tornou mais difícil – eu solto uma risada sem humor, porque não consigo reagir rápido o suficiente, e Camila se afasta para conseguir me olhar.

— Não quis mentir, ou fingir que era mentira para que eu possa me enganar – ela coloca uma mecha de seu cabelo para trás da orelha. – Eu pensei que, quando te visse, meus anos na terapia iriam ser jogados fora e eu ainda te odiaria, mas bem, não foi isso que aconteceu, e eu, honestamente, não sei como lidar com isso, mas quero ser sincera.

Em Outra Vida, Talvez?Onde histórias criam vida. Descubra agora