Capítulo 25 - "não quero tentar de novo"

6.2K 436 82
                                    

"Às vezes, fico acordada a noite todaPorque você nunca fala comigo em meus sonhosE eu penso, eventualmente, você está me segurandoE dançando ao som do disco como numa cena de filme — Miley Cyrus"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Às vezes, fico acordada a noite toda
Porque você nunca fala comigo em meus sonhos
E eu penso, eventualmente, você está me segurando
E dançando ao som do disco como numa cena de filme
— Miley Cyrus".

Quando meus olhos começam a se abrir, e meu cérebro toma consciência de que estou acordando, meu corpo inteiro pesa, como se eu estivesse sendo afundada no colchão. Eu gemo baixinho, levando a mão até minha testa, para sanar a dor de cabeça, e minhas juntas doem. Eu sentia como se tivesse sido atropelada por um caminhão.

Me esforço para lembrar de tudo que acontecera ontem, e, assim quando os flashs de memória do porquê meu corpo estava assim aparecem, eu passo a já não achar tão ruim assim aquelas dores. Eu sorrio, mordiscando a ponta do lábio inferior ao me lembrar de algumas partes específicas, e isso me faz recordar que Lauren ainda poderia estar do meu lado.
O quarto estava escuro, e o blackout da cortina fazia com que fosse quase impossível enxergar algo ali dentro, senão pela pequena fonte de luz do telefone fixo do hotel, ao lado da parte onde Lauren dormia na cama.
Eu me viro para o lado, tentando ignorar toda a dor que meu corpo me lembrava que estava ali. Eu conseguia enxergar sua silhueta, apenas, e eu levo minha mão com cuidado até seu rosto, para conseguir fazer uma carícia em sua bochecha.

Era tão bom tê-la ali, tão perto, e, dessa vez, de todas as formas.

— Bom dia, Camz – sua voz sai extremamente rouca e fraca, e imagino que ela já esteja acordada antes de eu toca-la.

— Bom dia, meu bem – eu sussurro, visto que minha voz também não estava uma das melhores. – Eu te acordei?

Sinto Lauren balançando a cabeça negativamente em minhas mãos, e eu me aproximo um pouquinho mais dela, para conseguir acariciar seu rosto direito.

— Como você está? – Ela me pergunta.

— Sentindo que fui atropelada umas três vezes – nós rimos baixinho em sincronia. – Mas não poderia estar melhor. E você?

Sinto minha cintura ser tocada, com um leve puxamento, e entendo aquilo.

— Vem cá – ela pede, e eu rapidamente me aninho a ela, deixando que tomassemos a posição de conchinha. Nossos corpos estavam nu, então, consigo sentir o volume dos seus seios nas minhas costas. – Ignorando o físico, estou me sentindo melhor do que a muito tempo.

Ela inicia uma carícia no meu cabelo com sua mão que estava próxima, devido ao seu braço que me era usado de travesseiro.

— Você está fazendo meus dias serem melhores – eu acabo verbalizando meu pensamento, e, por incrível que pareça, não sinto meu coração disparar por assumir isso. Tenho a sensação de que tudo que estou sentindo é recíproco.

— Eu só percebi que tinha uma parte de mim me sentindo incompleta quando voltamos a nos falar – ela assume, e a sinto suspirando fundo. – Posso te fazer uma pergunta?

Em Outra Vida, Talvez?Onde histórias criam vida. Descubra agora