Capítulo 22 - Convenção.

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"Estou olhando para as mesmas quatro paredesEm outro hotelÉ um sentimento desconhecidoMas eu conheço tão bem— James Arthur"

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"Estou olhando para as mesmas quatro paredes
Em outro hotel
É um sentimento desconhecido
Mas eu conheço tão bem
— James Arthur".

Os dias de semana voam.
Realizei seis sessões fotográficas de nudez, quatro reuniões de propostas de trabalho, uma convenção com seguidores, uma conversa de três horas e quarenta minutos com Ally e meus assessores em relação à minha agenda e, por fim, uma sessão de autógrafos.
Quando o domingo chega, eu já sinto que estou esgotada de tudo, e, para ser honesta, a única coisa que me motiva a continuar esperançosa em relação à convenção de hoje é os bons nomes do ramo que estarão aqui, e que, no fim, convenção era um nome disfarce que usávamos para uma festa entre pessoas da mesma área. Muitos contratos acabavam sendo fechados por boca, com a promessa de assinatura dos papeis, muitos contatos eram criados, e, claro, muito álcool rolava. Era mais uma das festas em que aparelhos com câmera eram totalmente proibidos, e, como era contado outros nomes, a fiscalização era levada mais a sério. Mas, claro, também estava feliz por saber que verei Camila outra vez.

Não consegui me dar esse luxo durante o restante da semana, e, embora conversassemos todos os dias por mensagem ou chamada de voz, eu sentia saudades.

Que loucura. Fiquei longe por dez anos para não conseguir aguentar dias.

Acho que o problema foi a ver e a ter de novo.

— Acho que lilás não combina tanto – Harry diz, jogado na minha cama enquanto analisa todas as peças de roupa que eu mostro. – Eu já te disse para usar verde.

— Não quero ser o centro das atenções – digo, examinando meu closet pela milésima vez. Precisei de um hotel que contasse com aquele cômodo, pois deixar todas essas roupas na mala não seria uma boa opção. – Todo mundo costuma ir mais neutro nesses eventos, e eu chego com um verde de doer os olhos.

— Vai combinar com seu olho, estou te falando! – Ele aponta para o closet. – Aquele vestido que você tem de cetim verde ia ficar perfeito, mas você não me escuta. Você já anda com roupa neutra para cima e para baixo.

Eu bufo, indecisa. Eu já deveria estar pronta a uma hora dessas, na porta do hotel com o táxi me aguardando –nao arriscava ir dirigindo, porque eu bebia até sair álcool pelo nariz nessas convenções.

— Eu deveria ter seguido a ideia de Ally e contratado alguém para escolher minhas roupas nessa viagem inteira.

— Laur, escuta só – Harry deita de lado na cama, cuidadosamente para não estragar o terno rosa bebê que usava. – Você já vai ser o centro das atenções por ser você, junto com aquele outro pessoal influente. E são a maioria dos homens que vão de preto, vamos inovar, ser diferente!

Em Outra Vida, Talvez?Onde histórias criam vida. Descubra agora